Descrição de chapéu Obituário Henrique Zaremba da Câmara (1939 - 2023)

Mortes: Generoso, nada era mais importante para ele que a educação

Henrique Zaremba da Câmara foi um homem elegante que valorizava a família e sabia ouvir todos ao redor

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São Paulo

Henrique Zaremba foi um homem sábio e elegante, que gostava de ouvir o que as pessoas ao seu redor tinham a dizer. Mesmo em ambientes informais, como os churrascos de família, não usava chinelo ou calção. Gostava mesmo era de vestir uma boa camisa e calça social.

Tinha paixão por bons restaurantes e por guloseimas —os netos sempre sabiam exatamente onde encontrar seu estoque. Quando chegava aos estabelecimentos, o maior medo era que o prato tivesse seu ingrediente mais odiado. Por isso, mesmo antes de pedir qualquer coisa, já se precavia: "Tem pimentão?"

Henrique Zaremba da Câmara (1939 - 2023)
Henrique Zaremba da Câmara (1939 - 2023) - Arquivo Pessoal

Nascido no Méier, bairro na zona norte do Rio de Janeiro, se formou em matemática e deu aulas em instituições de ensino até assumir a escola da família, o Colégio Metropolitano, do qual foi diretor por 44 anos. Sua neta, Júlia Zaremba, afirma que o avô formou milhares de alunos e dedicou a vida à educação.

"Ele foi generoso e gostava de ser o patriarca da família", diz ela, que estudou no colégio que o avô dirigia e lembra dele como um homem inteligente e calmo, que valorizava a família e gostava de estar por perto.

Também tinha o costume de contar as histórias da infância dos netos repetidas vezes, de acordar tarde e de deixar o escritório bagunçado.

Na maior parte do tempo, era calmo. Uma das poucas coisas que conseguia irritá-lo era quando tentavam dar opinião sobre a vida dele, que sempre valorizou a independência.

À frente do Colégio Metropolitano, Zaremba não era adepto ao estilo cursinho e acreditava na formação formal, mas valorizava que o colégio incentivasse os alunos na cultura, como arte, xadrez e música.

"Ele pensava na educação de uma forma ampla", diz a neta, que lembra que o avô adorava assistir a musicais, em Nova York, e ouvia música clássica, como a do violinista holandês André Rieu.

O educador morreu dia 10 de julho, em decorrência de um câncer de intestino. Após a morte dele, a neta afirma que recebeu dezenas de mensagens de pessoas que passaram pelo colégio e que foram incentivadas por Zaremba a seguir com os estudos.

"Não tinha nada mais importante que os estudos para ele", lembra Júlia. Além da direção do Colégio Metropolitano, que foi vendido em 2012, Zaremba também trabalhou no Sindicato das Escolas Particulares e na Federação das Escolas Particulares.

Ele deixa duas filhas e quatro netos, além de muitos ex-alunos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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