Promotoria investiga três construções sem alvarás em São Paulo

Imóveis foram erguidos sem as devidas autorizações nas zonas norte e leste da capital

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São Paulo

A Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo investiga três imóveis erguidos de maneira irregular na cidade de São Paulo nas zonas norte e leste da capital.

De acordo com as investigações, os prédios estão localizados nos bairros Vila Matilde, Parada Inglesa e Vila Guilhermina, e apresentam irregularidades como ausência de alvará, tipo de construção e falta de recuo em relação aos imóveis próximos.

Prefeitura embargou obra de prédio de luxo no Itaim Bibi que foi erguido sem um dos alvarás necessários
Prefeitura embargou obra de prédio de luxo no Itaim Bibi que foi erguido sem um dos alvarás necessários - Zanone Fraissat - 30.jun.23/Folhapress

No caso da construção na Vila Matilde, na zona leste, o prédio com 30 unidades habitacionais foi construído sem os alvarás de aprovação e execução das obras, indeferidos segundo processo administrativo da gestão municipal.

Em relação a outro imóvel, localizada na Parada Inglesa, a promotoria constatou que a construção de cinco andares foi concluída no início de 2022, apesar do pedido de Alvará de Aprovação e Execução de Edificação Nova ter sido indeferido em novembro de 2020.

Na Vila Guilhermina, as investigações apontaram que outro prédio foi construído sem as devidas licenças da prefeitura.

Em nota, a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) informou que não foi citada sobre nenhuma das ações mencionadas e que, ao tomar ciência do indeferimento do processo, as ações de fiscalização foram feitas com aplicação de multas, obras paralisadas e o embargo em uma delas.

Os três casos são semelhantes ao prédio de luxo de 23 andares construído no Itaim Bibi sem um dos alvarás necessários. A obra foi embargada pela municipalidade que entrou na Justiça com pedido de demolição do empreendimento.

A Promotoria também ajuizou ação civil pública que pede a demolição do prédio, além de pagamento de indenização pelos danos urbanísticos e ambientais. Segundo os promotores, a prefeitura não fiscalizou corretamente a obra, o que permitiu a construção dos 23 andares.

Em caráter liminar, foi pedida também a paralisação de qualquer construção do empreendimento, a proibição da negociação das unidades e o bloqueio de ações publicitárias em relação às vendas.

Sobre o caso, a prefeitura afirmou que pediu a demolição do empreendimento à Justiça e aguarda decisão. O advogado de defesa da construtora São José, responsável pelas obras, foi procurado, mas não respondeu aos questionamentos.

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