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Homem que já matou o pai é procurado por suspeita de feminicídio em SP

Justiça decretou a prisão preventiva do suspeito, que segundo a polícia teria confessado o crime

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São Paulo

A Polícia Civil de São Paulo procura um homem de 33 anos que cumpriu medida de segurança pela morte do pai e agora é suspeito de ter assassinado a companheira, a fonoaudióloga Aline Candalaft, 31. O corpo dela foi encontrado na manhã do último domingo (20) no imóvel em que o casal vivia em Rudge Ramos, São Bernardo do Campo, no ABC.

O crime é investigado como feminicídio. A Justiça decretou a prisão temporária (30 dias) de Lucas Bonfim Lhamas, 33, mas ele segue foragido. A polícia não informou o nome do advogado do suspeito, e a reportagem ainda não localizou a defesa dele.

Familiares souberam da morte de Aline quando chegaram a casa dela, por volta das 8h de domingo. Lhamas havia enviado mensagens ao pai da fonoaudióloga e, em um dos textos, confessou ter matado a namorada, segundo a polícia.

Imagem mostra Aline Candalaft e Lucas Bonfim Lhamas juntos
O casal Aline Candalaft, 31, e Lucas Bonfim Lhamas, 33; ela foi encontrada morta em São Bernardo do Campo (SP), e a Justiça decretou a prisão do companheiro, que está foragido - Divulgação/Polícia Civil

Policiais militares acionados para atender o caso arrombaram a porta do quarto e encontraram Aline sobre a cama. Ela segurava um terço em uma das mãos. A faca supostamente usada no crime foi encontrada no imóvel.

Conforme o pedido de prisão temporária feito pela polícia, o pai de Aline tentava falar com ela desde o dia 17. O suspeito, no entanto, dava desculpas e dizia que o celular da companheira teria pifado.

Na manhã do dia 20, Lhamas teria escrito a seguinte mensagem para o pai da namorada: "Infelizmente a Aline está morta. Ela já está morta faz bastante tempo". Segundo a investigação, Lhamas desligou o telefone após enviar a mensagem.

De acordo com a polícia, o casal se conheceu há um ano, quando a fonoaudióloga passou a atender um sobrinho de Lhamas que teve Covid-19 e precisou de uma traqueostomia.

A residência em que o casal vivia foi alugada no nome de Aline há dois meses, mas quem pagava as despesas era a mãe do suspeito, segundo a investigação.

"Não estamos poupando esforços para localização e prisão do autor deste feminicídio. Um indivíduo como este tem que ser tirado o mais rápido possível do convívio social", disse a delegada seccional de São Bernardo do Campo, Kelly Cristina Sacchetto Cesar de Andrade.

Lhamas foi julgado pela morte do pai em 2015 em Santo André, também no ABC. De acordo com a delegada, ele respondeu a uma medida de segurança e ficou em tratamento em hospital psiquiátrico de 2018 a 2021.

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