Inea multa em R$ 10,7 milhões empresa apontada como responsável por espuma que afetou água

OUTRO LADO: Burn afirma não haver relação entre a fábrica e a presença de material químico na bacia do Guandu

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São Paulo | Agência Brasil

O Inea (Instituto Estadual do Ambiente) multou nesta quarta-feira (30) em R$ 10,7 milhões a empresa Burn Indústria e Comércio, do Parque Industrial de Queimados (RJ), apontada como responsável pelo lançamento da espuma que causou a interrupção no fornecimento de água na região metropolitana.

O despejo de substância surfactante, usado na produção de detergentes, provocou a formação de espuma e o fechamento da ETA (Estação de Tratamento) Guandu por 14 horas, o que deixou 11 milhões de moradores de oito cidades sem abastecimento de água. A empresa tem vínculos com a marca Limppano.

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Espuma interrompeu fornecimento de água no Rio de Janeiro - Divulgação/Cedae

O prazo para pagamento é de 30 dias.

Além da capital, foram atingidos pelo desabastecimento os municípios de Duque de Caxias, São João de Meriti, Nova Iguaçu, Mesquita, Nilópolis, Belford Roxo e Queimados.

Segundo o vice-governador Thiago Pampolha (União), também secretário de Meio Ambiente, a empresa não tinha autorização para lançar resíduos no rio Queimados, afluente do Guandu, origem da água que abastece maior parte da região metropolitana.

O despejo irregular ocorreu, ainda segundo o governo, por meio de galeria pluvial, construída para escoar água da chuva.

O caso é investigado por uma força-tarefa organizada pelo governo do Estado, com participação da Polícia Civil, Inea e Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos).

Em nota enviada pela Limpanno, a Burn afirmou que "não há nenhuma relação entre a sua fábrica de Queimados, na Baixada Fluminense, e a presença de material químico na bacia do Rio Guandu".

"A unidade opera com tecnologia de ponta e de padrão internacional, seguindo os mais rigorosos procedimentos de controle, onde o manuseio da matéria-prima é automatizado e em ambiente de circuito fechado, ou seja, sem qualquer escoamento ou ligação com a rede pluvial", diz a nota.

"Além disso, tem todas as licenças necessárias e destinação ambientalmente correta de seus resíduos, estando sob monitoramento e controle permanentes dos órgãos ambientais competentes. A empresa também contratou laboratório especializado para coleta e análise da água e está colaborando com as investigações, à disposição das autoridades", afirmou a empresa.

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