Descrição de chapéu Obituário Marilda Angioni (1968 - 2023)

Mortes: Com sorriso intenso, marcou a vida dos alunos

Marilda Angioni foi assistente social e professora em Blumenau

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São Paulo

A professora Marilda Angioni passou a vida sorrindo, dizem seus familiares.

Moradora de Blumenau, no interior de Santa Catarina, ela costumava declinar convites de viagens para destinos frios. "Gostava do calor", lembra a cunhada Isabel Ratti, que a define como uma pessoa discreta, simples e trabalhadora.

Marilda trabalhou como assistente social e foi professora na Furb (Universidade Regional de Blumenau), na qual iniciou a trajetória acadêmica em 1998 como professora substituta. De 2004 a 2022, ocupou o cargo de chefe da Divisão de Apoio à Extensão.

A professora da Furb, Marilda Angioni
Marilda Angioni (1968 - 2023) - Reprodução/Facebook

Sua mãe, Lourdes Angioni, diz que a filha era uma pessoa determinada. Quando ela e o marido indagaram Marilda sobre qual curso ela faria, a resposta foi direta: "Assistente social. É isso que eu quero", disse.

Marilda morreu no último dia 23 de julho, em decorrência de uma doença degenerativa, que a impossibilitou de continuar dando aulas. Por isso, desde maio do ano passado ela estava afastada da Furb.

Após sua morte, a família se surpreendeu com o carinho dos alunos e professores da faculdade. "Era a minha filha predileta", diz Lourdes. Segundo ela, a fila gostava de filmes e música, e cultivava as amizades desde a infância. "Ela manteve esse vínculo até o final da vida", afirma.

Como professora, Marilda tocou a vida dos alunos dentro e fora da sala de aula. Maria Roseli Rossi Avila, um de suas ex-alunas, diz que ela foi muito importante na sua vida.

Em 2010, Avila pensou em parar de estudar por falta de dinheiro, mas a professora não permitiu que ela deixasse o curso.

Assim, a encaminhou para uma iniciação científica e, com a bolsa, conseguiu completar os estudos —hoje, Avila é doutora e professora pela Furb.

Tairine Gabriela Lopes é casada com um ex-aluno de Marilda, Guilherme Augusto Lopes, que guarda memórias doces da professora, a quem considera uma das melhores professoras que teve.

"Ela criou um afeto gigante por mim, meu marido e minha filha. Sempre foi generosa e muito carinhosa conosco. Os olhos dela brilhavam quando via a minha filha", diz Tairine, relembrando que a professora chorou de emoção ao ser convidada para o aniversário de um ano da sua filha.

Mesmo depois que a família se mudou de Blumenau, manteve contato com a professora. "Guardamos a Marilda em um lugar muito especial no nosso coração. A generosidade dela é uma coisa que transbordava no olhar", diz Tairine.

Marilda deixa a mãe Lourdes, o irmão Lucas, a cunhada Isabel, além de professores, alunos e ex-alunos da Furb.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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