Mortos na Baixada Santista chegam a 14, e dois PMs são feridos

Após cabo ser baleada pela manhã, operação foi estendida para Santos e dois suspeitos morreram em confronto, segundo a polícia

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Guarujá (SP) e São Paulo

O número de pessoas mortas em confronto com as forças de segurança chegou a 14 na Baixada Santista desde o começo da operação Escudo, desencadeada após o assassinato do soldado da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) Patrick Bastos Reis, na quinta-feira (27), segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública).

A operação foi estendida para a cidade de Santos, onde uma cabo da Polícia Militar foi baleada com tiro de fuzil por três criminosos na manhã desta terça (1º). Conforme a SSP (Secretaria de Segurança Pública) ao menos dois suspeitos foram mortos durante confrontos na nova operação.

Logo após a PM ser atingida, os autores do ataque seguiram para o morro São Bento. Lá teriam trocado tiros com policiais. Um agente público foi baleado na perna e socorrido. Um suspeito morreu no local.

Viatura onde estava a policial militar ferida a tiro por criminosos na manhã desta terça (1º) em Santos - Danilo Verpa/Folhapress

Um novo embate entre policiais e bandidos aconteceu no final da manhã no bairro Jabaquara. Uma viatura do Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) foi atacada a tiros. Um suspeito foi baleado e morreu.

De acordo com a SSP, até o momento, a operação que visa combater o tráfico de drogas e o crime organizado prendeu 32 suspeitos e apreendeu 20,3 quilos de drogas, além de 11 armas.

Três moradoras do morro São Bento, na cidade, disseram ter visto viaturas da PM subindo em alta velocidade por volta das 6h15, o que indica que a ação começou logo após a policial militar ter sido baleada.

Os carros subiram pela avenida principal da comunidade, a avenida São Cristóvão, em direção ao pico do morro. Era horário de entrada na escola estadual João Octávio dos Santos, que tem alunos do 1º ao 9º ano. A avenida Assunção de Nossa Senhora, que fica em frente à escola, chegou a ficar bloqueada para passagem de carros.

Por volta das 11h, a movimentação de carros do Baep (Batalhão de Ações Especiais) ainda era intenso no local, mas a avenida já não estava mais bloqueada.

Segundo o governo, todas as 14 mortes são investigadas pela Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais) de Santos e pela PM por meio de Inquérito Policial Militar. As imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos em curso, diz a SSP, e ficarão disponíveis para Ministério Público, Poder Judiciário e a Corregedoria da PM.

LITORAL TEM ESCALADA NA VIOLÊNCIA

Na última quinta (27), o policial da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) Patrick Bastos Reis morreu e outro ficou ferido após serem atacados na comunidade Vila Zilda, em Guarujá.

A polícia desencadeou a operação Escudo para encontrar os responsáveis pelo ataque, de acordo com o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite. O suspeito de ter atirado foi preso em São Paulo.

Segundo o delegado Antônio Sucupira, titular da delegacia de Guarujá, no litoral paulista, duas mortes ocorreram nesta segunda-feira (31) durante operações policiais no município. A SSP confirmou mais três mortes nesta manhã, sem especificar onde ocorreram. Com isso, o número confirmado pela polícia de vítimas ao longo da Operação Escudo é de 13 pessoas.

No entanto, a Ouvidoria das Polícias de São Paulo apura denúncias de que haveria ao menos nove mortes por intervenção policial entre o domingo (30) e esta segunda-feira (31).

Na manhã desta segunda, a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) havia confirmado oito mortes. Em um pronunciamento, o governador defendeu a ação dos policiais e disse que não houve excessos por partes dos agentes.

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