Descrição de chapéu Interior de São Paulo

Delegado que apura atos obscenos de alunos de medicina viajará para SP em busca de testemunhas

João Fernando Baptista afirmou que, até o momento, ninguém registrou boletim de ocorrência

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São Paulo

Até o momento, ninguém procurou a polícia para registrar queixa em relação a atitude de alunos de medicina da Unisa (Universidade Santo Amaro) que ficaram nus durante uma partida de vôlei feminina. A informação é do delegado João Fernando Baptista, titular da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de São Carlos, no interior de São Paulo.

O episódio ocorreu durante os jogos universitários na cidade, que fica a 216 km da capital paulista, realizados entre 28 de abril e 1º de maio deste ano. O vídeo com o registro viralizou no último fim de semana.

A Unisa disse que expulsou, nesta segunda-feira (18), seis estudantes. Em nota publicada em seu site e nas redes sociais, a universidade repudiou os atos e afirmou ter aplicado a sanção mais severa prevista em seu regimento.

"Considerando ainda a gravidade dos atos, a Unisa já levou o caso às autoridades públicas, contribuindo prontamente com as demais investigações e providências cabíveis", diz o texto assinado pelo reitor Eloi Francisco Rosa.

Acadêmicos do curso de medicina da Unisa, em São Paulo, causaram revolta nas redes sociais ao serem flagrados nus durante competição esportiva
Acadêmicos do curso de medicina da Unisa, em São Paulo, causaram revolta nas redes sociais ao serem flagrados nus durante competição esportiva - @ale_campelo no X/Reprodução

O delegado João Fernando Baptista disse que pretende se reunir com representantes da universidade ainda nesta semana, em São Paulo, para avançar nas investigações.

"Ninguém registrou nada ainda. Nenhuma organização, nem direção das universidades, nem possíveis vítimas ou testemunhas. Até o final desta semana, quero me deslocar para São Paulo para conversar com os responsáveis pela universidade e avançar nas investigações", afirmou Baptista.

De acordo com o delegado, por enquanto, o crime investigado é o de ato obsceno, que não precisa que o registro da ocorrência parta de alguém em específico, já que é um crime contra a coletividade.

"Não tem um número certo de investigados. A baixa qualidade das imagens e a ausência de testemunhas não nos permitem apurar quantas pessoas estão envolvidas no caso", explicou.

Ainda segundo o delegado, a partir do momento que alguma vítima se apresentar ou registrar ocorrência, os suspeitos podem responder por importunação sexual, que tem maior gravidade.

"O passo seguinte da investigação é entrar em contato com as universidades, fazer reunião e tentar identificar os alunos envolvidos, os autores, testemunhas e vítimas", ressaltou.

Segundo Baptista, o crime de ato obsceno tem pena de três meses a um ano de detenção. Já o de importunação sexual tem pena de 1 a 5 anos de reclusão.

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