Descrição de chapéu Obituário Yara Mercadante Oliva (1930 - 2023)

Mortes: Agregadora, deu o equilíbrio que a família precisava

Yara Mercadante Oliva era mulher de general do Exército e mãe do economista Aloizio Mercadante

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São Paulo

Yara Mercadante Oliva nasceu em uma das mais tradicionais famílias da cidade de Jacareí, no Vale do Paraíba, a 80 km da capital paulista. De avós produtores de café, ela era a terceira filha do casal Elvira e Pompílio Mercadante, que ficaram marcados na história na cidade.

O pai durante muito tempo foi o único médico da cidade e ficou conhecido como "médico dos pobres", por atender a todos que o procuravam, inclusive em sua casa, e muitas vezes sem cobrar pelo atendimento. Ele também foi prefeito da cidade de 1914 a 1921, pelo Partido Republicano Paulista. Atualmente, seu nome é dado a avenida, escola e praça.

A mãe também ganhou notoriedade e foi homenageada dando o nome ao clube da cidade, o Esporte Clube Elvira.

Yara Mercadante Oliva (1930 - 2023) e o marido, Oswaldo Muniz Oliva (1925 - 2020)
Yara Mercadante Oliva (1930 - 2023) e o marido, Oswaldo Muniz Oliva (1925 - 2020) - Arquivo pessoal

Foi nesse cenário que Yara nasceu, em 1930. Tornou-se professora e, aos 22 anos, em 1952, casou-se com o militar Oswaldo Muniz Oliva, que se tornou general de Exército, comandante da pesquisa do Exército e comandante da Escola Superior de Guerra, além de consultor para assuntos militares de Luiz Inácio Lula da Silva em seus dois primeiros mandatos na Presidência da República.

Da união, nasceram seis filhos: Oswaldo, Aloizio, Lia, Vera, Izabel e Paula. Com a vida militar do marido, a família precisou viajar muito pelo país, mudando sempre de cidade. Por isso, Yara deixou de dar aulas para cuidar dos filhos.

"Minha mãe era uma pessoa muito agregadora, alto astral e com muita energia. Dava um bom equilíbrio na família. Era muito carinhosa, acima de tudo, mãe", conta o filho Aloizio Mercadante, economista e atual presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). "Ela era um pouco vegetariana e homeopata, e chegou a dar aulas de ioga."

Após a morte do marido, no início da pandemia de Covid-19, em 2020, Yara ficou abalada, diz Mercadante. "Eles estiveram juntos a vida toda. Foram quase 70 anos de união. Por isso, ela sentiu muito."

Apoiadora do filho na vida pública, Yara era petista e fazia questão de demonstrar suas preferências políticas. "Ela votava no PT e em 2018 fez questão de ir votar com a camisa 'Ele não'", lembra Aloizio, referindo-se à campanha contra a eleição de Jair Bolsonaro, que acabou vencendo o pleito.

Yara teve morte natural em casa, em Osasco (SP), no dia 20 de setembro, aos 93 anos. "Foi como ela preferia, sem precisar ir para o hospital. Ela já estava com o coração fraquinho", diz Mercadante.

Ela deixa os 6 filhos, 8 netos e 11 bisnetos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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