Descrição de chapéu Obituário Oliver Toth (1978 - 2023)

Mortes: Músico, fez história na arte de ser livre

Oliver Toth marcou pela alegria, sensibilidade e talento criativo

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Curitiba

Desde pequeno ele foi arteiro. A arte estava nos modos, nas palavras e nos sons. Aos seis anos, quando ganhou o primeiro violão do pai, a música tornou-se a sensação de Oliver Toth, curitibano repleto de energia e carisma, que na adolescência se apaixonou pelo rock and roll. De metal a MPB, ele passou por versos e acordes marcantes e livres.

"Oliver é o sinônimo de uma pessoa autêntica, singular, original em atitudes, vestimentas, ideias, opiniões. Foi muito influenciado pelo rock, pelas artes e pela poesia. Um grande violonista, tocava muito e era muito criativo; deixou muitas músicas", diz o amigo Adriano Smaniotto. "Ele adorava curtir a vida, era alegre, festivo e um verdadeiro romântico."

O lado sensível do músico é lembrado pela amiga Kátia Kroeker. "Tinha um olhar profundo, cheio de amor. Era um artista. Amava ser livre, curtir cada momento, viajar; amava o rock, a liberdade, os amigos, o conhecimento. Era inteligente e com um jeito único."

Oliver Toth (1978 - 2023)
Oliver Toth (1978 - 2023) - Arquivo pessoal

Filho do meio, em uma família descendente de húngaros, Oliver também foi historiador e soldador, mas estava o tempo todo criando versos e poesias, em estilos muito peculiares. "Tudo resultava em música. Era jogar o violão na mão dele para o conhecer de verdade. O sentimento musical o acompanhou por toda a vida. O rock foi sua paixão, além das mulheres", observa o irmão, Thomas Toth, lembrando que quando queria evidenciar algo, Oliver soltava sua frase característica: "Se liga no som".

O som foi sempre seu interesse, como aponta o amigo Lucas Meira. "Ele fez aulas de música, mas sua pegada sempre foi original", diz, explicando algumas influências. "Ele adorava metal, esse inclusive foi o apelido dele. Usava uma bandana escrito Metal Club. Adorava o Iron Maiden, ouvia ainda em fita K7. Oliver foi indefinível, único. Amável e afetuoso", diz Lucas, lembrando sua energia contagiante, sentida onde chegava.

"O que o deixava feliz era interagir com as pessoas, falar sobre assuntos relevantes. Era a intelectualidade, mas também as coisas simples, como sentar na areia da praia e curtir a paz e a liberdade; ou fazer uma boa comida e ver que fez sucesso", destaca Kátia. "Ele tinha múltiplos talentos e gostava de tornar a vida de todos mais feliz."

Do que Oliver não gostava era de gente folgada, de má-fé. "Ele passou por muita coisa, mas nunca mudou seu caráter. É uma alma boa e tinha uma energia ímpar. Ele foi autêntico em todos os sentidos", diz o irmão.

Oliver morreu em 9 de agosto, em Curitiba. Deixa os pais, dois irmãos, duas filhas e muitos amigos com saudade do último som.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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