Descrição de chapéu Obituário Maria Luiza Maia de Carvalho Pereira (1928 - 2023)

Mortes: Foi militante da solidariedade e do bem-estar das pessoas

Maria Luiza Maia de Carvalho Pereira não tinha vergonha de pedir quando fosse para ajudar os outros

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Bia Pereira
São Paulo

Doce, meiga e pequena, mas gigante quando se tratava de ajudar alguém. Foi uma militante da solidariedade e da busca pelo bem-estar das pessoas, não havia bazar ou evento beneficente que não tivesse a presença de seus bordados ou tricôs. Nunca pedia nada para si mesma, mas não tinha vergonha de pedir quando fosse para ajudar os outros.

Maria Luiza Maia de Carvalho Pereira, a Luizinha, caçula de dez irmãos, nasceu em 19 de junho de 1928 em Cafelândia, interior de São Paulo.

Estudou em um colégio interno católico, com irmãs e primas, até seu pai se mudar para a capital, onde terminou seus estudos no colégio Sion. Sempre cultivou o convívio familiar, manteve contato carinhoso com primos do interior e da capital, sempre atenta ao que cada um estava vivendo e se preocupava em os ajudar.

Maria Luiza Maia de Carvalho Pereira (1928 - 2023)
Maria Luiza Maia de Carvalho Pereira (1928 - 2023) - Arquivo pessoal

Tocava piano, fez faculdade de letras e se tornou professora de francês. Lecionou por 15 anos na escola estadual Dr. Carlos Augusto de Freitas Villalva Junior, quando o francês fazia parte do currículo. Atravessava a cidade, do bairro do Sumaré até o Jabaquara com seu "fusquinha" que sempre se esquecia de abastecer. Ficou algumas vezes sem combustível, precisando ser socorrida pelo marido.

Foi casada por 67 anos com Luiz Pereira, com quem teve quatro filhos, uma delas uma menina especial, Marina, de quem ela cuidou até falecer aos 37 anos, em 1995. Ficou viúva em 2018.

Aposentou-se para se dedicar ao ofício pelo qual ficou mais conhecida: ser avó, vovó Luizinha. Cuidou com dedicação e amor de seus cinco netos e três bisnetos. Esforçava-se para aprender as novas linguagens, o mundo de videogames, dos jogos de cartas japonesas, mas sem deixar de fazer os quitutes que os agradassem.

Muito querida entre as amigas, por quem vivia cercada, fazia doces maravilhosos, de mil folhas a pé de moleque, sem falar do bolo de chocolate. Seus cadernos de receitas, escritas a mão, foram disputados, assim como suas toalhas bordadas e seus trabalhos de tricô.

Às quintas-feiras recebia as amigas para aula de tricô. O zelador do prédio, sabendo dos encontros, convidou outras senhoras, do prédio em frente, para se juntar ao grupo, e as portas estavam sempre abertas.

Aliás, sua casa estava sempre de portas abertas para receber quem precisasse e acolheu muitas pessoas com seu carinho e generosidade característicos.

Faleceu serenamente no dia 19 de novembro, aos 95 anos, em sua casa, cercada de amor e cuidados. Deixa a irmã Zélia, os filhos Eduardo, Beatriz e Guilherme, os netos Juliana, Matheus, João, Daniela e João Pedro, e os bisnetos Leo Hash, Gabriel e Bernardo.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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