Descrição de chapéu Obituário Jacob Pankratz Filho (1931 - 2023)

Mortes: Empresário, fez sucesso com respeito aos funcionários

Jacob Pankratz Filho nunca permitiu trabalho aos domingos para que todos ficassem com a família

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Curitiba

O esforço e a superação acompanharam Jacob Pankratz Filho por toda sua vida. Ainda bebê, perdeu o pai num trágico acidente e foi criado pela mãe. Apesar das dificuldades impostas aos dois, os valores repassados pela genitora fizeram com que Jacob aprendesse a trabalhar cedo e honestamente, mas, acima de tudo, fizeram com que ele entendesse a necessidade de descansar e estar com a família.

O princípio acompanhou o desenvolvimento pessoal e profissional de Jacob, que nunca abriu suas empresas aos domingos; assim, nenhum funcionário perderia a chance de priorizar o convívio familiar, dizia ele.

Sua trajetória como empresário começou em 1966, ao lado de sua esposa Maria Pankratz, com quem conviveu por 63 anos. O casal, nascido em Ibirama (SC), se conheceu em Curitiba (PR), onde decidiu abrir um armazém de secos e molhados, chamado de Casa Holandesa.

Jacob Pankratz Filho (1931 - 2023)
Jacob Pankratz Filho (1931 - 2023) - Jackson Mendes

Para isso, juntaram produtos essenciais, tanto industrializados quanto caseiros, como o macarrão feito por Maria. Dez anos depois, foi preciso ampliar o armazém, que já fazia sucesso. Com a expansão, nasceu o primeiro mercado da família, chamado de Jacomar, uma junção entre os nomes Jacob e Maria.

O negócio virou o Grupo Jacomar, que hoje tem 18 lojas distribuídas pela região metropolitana da capital paranaense. Os mercados estão em Curitiba (8), São José dos Pinhais (5), Piraquara (2), Fazenda Rio Grande (2) e Pinhais (1). Além deles, há três autopostos e um centro de distribuição. No total, o grupo emprega diretamente 3.000 funcionários.

Ao assumirem a empresa, os filhos preservaram os ensinamentos do casal, de respeitar o descanso da família e dos funcionários aos domingos, dia em que nenhuma loja é aberta.

"O pai nos ensinou a trabalhar. Nunca pensamos que chegaríamos onde chegamos", diz o filho Albert Pankratz.

"Aprendi muito com ele, principalmente o princípio da honestidade. Ele me ensinou cedo a sempre negociar com honestidade", completa Harri Pankratz.

A filha Haidy Pankratz recorda que o pai viveu intensamente até os 90 anos. "Ainda tinha a carteira de habilitação e decidia para onde ia, o que ia fazer."

Jacob adorava cantar no coral da comunidade, viajar com a esposa e estar em família. Com um senso de humor cativante, seu maior prazer era ter a casa cheia.

A neta, Camila Pankratz Ferreira da Silva, destaca como o avô era divertido, sempre com uma piada para contar, seguida de uma risada contagiante. "Sempre nos recebia em sua casa com um sorriso gigante e um aperto de mão quentinho. Dava para ver o brilho em seus olhos quando a casa estava cheia."

Jacob morreu em 19 de novembro, de causas naturais. Deixa 1 irmã, 8 filhos, 20 netos e 17 bisnetos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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