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Thiago Brennand é condenado a 1 ano e 8 meses por agredir modelo em academia de SP

O empresário também deverá pagar uma indenização de R$ 50 mil

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São Paulo

O empresário Thiago Brennand, 43, foi condenado a um ano e oito meses de prisão por agredir a modelo Alliny Helena Gomes, 37, em uma academia na zona oeste de São Paulo. Ele também terá de pagar R$ 50 mil de indenização. A condenação é da 6ª Vara Criminal Central e cabe recurso.

Em outro caso, Brennand já havia sido condenado a dez anos e seis meses de prisão pelo estupro de uma mulher americana em Porto Feliz (cidade a 90 km de São Paulo). Outros dois processos que estavam em andamento, um de injúria e outro de ameaça, foram extintos após a realização de um acordo extrajudicial.

O empresário Thiago Brennand, 43, na Superintendência da Polícia Federal no dia em que desembarcou no Brasil
O empresário Thiago Brennand, 43, na Superintendência da Polícia Federal no dia em que desembarcou no Brasil - Leitor

Na nova, Brennand foi absolvido da acusação de corromper menor de 18 anos. Isso porque, durante o episódio de agressão contra Helena, ele estava acompanhado de seu filho, na época menor de idade, e incentivou o jovem a xingar a modelo.

A defesa de Helena, representada pelo escritório do advogado Márcio Janjacomo, afirma por meio de nota que, para a vítima, a condenação representa o "fim da impunidade". Em relação a absolvição da corrupção de menor, a defesa diz que vai recorrer no Tribunal de Justiça e que também vai requerer uma sentença maior em relação a lesão corporal.

"Seguimos confiantes na justiça e na luta incansável pelo fim da impunidade à toda forma de violência contra a mulher", conclui a nota.

O caso, que tramita em segredo de Justiça, foi o estopim para o surgimento de ao menos outras dez denúncias de diferentes mulheres que acusam Brennand de crimes sexuais, incluindo estupro. O caso que envolveu Helena ocorreu em agosto do ano passado.

Ao longo do caso, Thiago trocou de advogados diversas vezes. No início do caso da Helena Gomes, ele foi representado pelo escritório da criminalista Dora Cavalcanti. À época, o escritório informou que o cliente compareceu espontaneamente para prestar esclarecimentos às autoridades e diz que os vídeos mostram que as agressões verbais foram iniciadas por Alliny Helena.

"Durante o depoimento, Thiago Fernandes Vieira pediu desculpas por qualquer excesso cometido ao reagir às ofensas", conclui a nota. Atualmente, Thiago Brennand é representado pelo advogado Roberto Podval.

À reportagem, a defesa afirma, por meio de nota, que recebeu com serenidade a decisão proferida. "Se de um lado foram acolhidos alguns aspectos que a defesa discorda, de outro, os exageros perpetrados pelo Ministério Público e assistente de acusação foram devidamente rechaçados", diz.

Podval afirma que deve recorrer. "A defesa reitera a sua confiança no Poder Judiciário e está segura de que os desacertos da decisão serão devidamente enfrentados e corrigidos por oportunidade do recurso defensivo."

Após a repercussão do caso e poucas horas antes de ser denunciado pelo Ministério Público, ele viajou a Dubai. Após passar meses nos Emirados Árabes, o empresário foi extraditado e desembarcou no fim de abril no Aeroporto de Guarulhos.

Pelas redes sociais, Brennand sempre negou os crimes sexuais. Poucas semanas antes da extradição, ele gravou um vídeo em que dizia que seria preso injustamente. "Obviamente não estuprei ninguém. Nesse país muita gente tem sede de vingança", afirmou ele.

Dias antes de ser preso e extraditado, ele gravou um novo vídeo em que declarou considerar a prisão injusta. "Tudo é distorcido. Você é o vilão, o pior do mundo. Vou me apresentar e provavelmente vão me prender injustamente", diz ele no vídeo.

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