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Polícia do Rio apreende computadores de alunos investigados por divulgar falsos nudes de colegas

Adolescentes estudam em dois colégios particulares da Barra Tijuca; 20 jovens teriam sido vítimas das montagens

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Rio de Janeiro

A Polícia Civil apreendeu nesta segunda-feira (18) celulares e computadores de alunos do 7º e do 9º anos de dois colégios particulares da Barra Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Os estudantes do Colégio Santo Agostinho e da Escola Eleva são investigados por suspeita de manipular e compartilhar fotos íntimas das colegas em redes sociais.

Agentes da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente cumpriram 16 mandados de busca e apreensão nas residências dos estudantes. Os alvos não tiveram os nomes divulgados.

Fachada da Secretaria de Estado da Polícia Civil, no centro do Rio de Janeiro - Tomaz Silva - 10.jun.2021/Agência Brasil

O delegado Marcus Vinícius Braga disse que os dispositivos eletrônicos apreendidos passarão por perícia.

"Esperamos, com a operação, descobrir quem foram os autores das montagens, bem como os alunos que compartilharam o material", afirmou o delegado.

Segundo a Polícia Civil, as imagens, produzidas com inteligência artificial a partir de fotos reais das adolescentes, mostram as jovens como se estivessem nuas. Ao menos 20 adolescentes teriam sido vítimas.

Procurados nesta segunda-feira, o Colégio Santo Agostinho e a Escola Eleva da Barra da Tijuca não responderam à reportagem até a publicação deste texto.

O inquérito foi aberto em novembro após denúncia de pais e responsáveis de estudantes do Colégio Santo Agostinho. Em nota divulgada à época, a instituição disse que apurava os fatos e que tomaria as medidas disciplinares cabíveis em âmbito escolar, sem detalhar quais seriam.

Na ocasião, pais de alunos receberam um comunicado da direção da escola sobre o uso de ferramentas de inteligência artificial para criação de nudes falsos de alunas do colégio. O texto dizia ainda que o colégio se colocava à disposição das famílias das vítimas das montagens.

A operação da Polícia Civil, batizada de Adolescência Artificial, contou com o apoio de equipes de delegacias do Departamento-Geral de Polícia Especializada. A investigação está sob sigilo.

Fachada do Colégio Santo Agostinho, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro - Divulgação
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