Professor universitário, vivia e respirava o teatro, a grande paixão de sua vida que o acompanhou até os últimos dias. Paulo Afonso Coelho nasceu em Campinas em 30 de dezembro de 1945. Formou-se em Pedagogia em 1974 e fez mestrado em Educação, ambos pela PUC-Campinas, que seria sua casa por mais de 40 anos. Também era diretor profissional de teatro.
Professor de artes cênicas, lecionou na PUC para todos os cursos de comunicação de 1975 até 2019.
"A PUC fez um levantamento e nesses 44 anos chegou a conclusão de que ele formou mais de 7.000 alunos", diz o empresário e apresentador de podcast Rodrigo Magno Coelho, filho de Paulo Afonso.
"Ela achava que teatro tinha que ser matéria obrigatória na escola porque ajuda muito na formação da pessoa, do caráter. Ele dava muita importância ao teatro", diz.
Em sala de aula Paulo Afonso era um homem calmo, com feição e gestos gentis, mas cheio de entusiasmo. Em casa não era diferente. Quieto, com aura de quem diz tudo pelo olhar.
"Sempre deu apoio para a gente, para as minhas filhas. Tinha um carinho muito grande. Ele me ensinava bastante e minhas filhas aprenderam bastante com ele também", comenta Coelho.
Mantinha desde 1980 o grupo teatral Grutas Produções Artísticas. Dirigiu inúmeras peças adultas e infantis, a última foi no ano passado, intitulada O Período da Verdade.
Do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões no Estado de São Paulo recebeu, em 1983, o prêmio de melhor Diretor Profissional de Teatro, em 2019, da Câmara Municipal de Campinas, recebeu o Diploma de Mérito Educacional Professor Darcy Ribeiro.
"A PUC-Campinas lamenta a morte de Paulo Afonso Coelho e se solidariza com a família, amigos e seus ex-alunos e ex-alunas", declarou a universidade.
Paulo Afonso morreu em Campinas, em 29 de dezembro de 2023, aos 77 anos, em razão de uma endocardite, após um período internado. Foi sepultado no dia seguinte, data em que completaria 78 anos.
Além de Rodrigo, deixou o filho Rodolfo Mateus Coelho, as netas Yasmin e Vitória, e a esposa Helenise Garcia Coelho.
"O que fica dele é a força de permanecer na vida. Meu pai foi muito atuante. Nunca desistir e de estimular as pessoas. Ele sempre falava da importância de ser alguém e não de ter alguma coisa", completa.
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