Ricardo Nunes diz que mudanças climáticas pioram alagamentos em São Paulo

Prefeito voltou a criticar atuação da Enel na cidade

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São Paulo

O prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB) afirmou que as mudanças climáticas pioram os alagamentos na cidade e disse que, se a gestão não tivesse se preparado com ações e investimentos, a situação vivida nos últimos dias, com alagamentos, vias bloqueadas, árvores caídas e milhares sem energia, teria sido muito pior.

A afirmação foi feita na manhã desta sexta-feira (12) em entrevista ao Bom Dia SP, da TV Globo.

De acordo com Nunes, a mudança climática piora os alagamentos.

"A questão da mudança climática nos trouxe uma outra realidade. São volumes de chuva muito maiores, num espaço menor de tempo. A gente sabe que tem muita coisa ainda para fazer, mas a gente tem conseguido melhorar. Os alagamentos têm acontecido, a cidade tem voltado mais rápido. A gente diminuiu o número de alagamentos na cidade", disse.

Ricardo Nunes (MDB) em entrevista à Folha - Marlene Bergamo - 23.set.2023/Folhapress

Foram feitos investimentos no combate às enchentes, disse Nunes, com construção de piscinões, jardins de chuva, canalização de córregos e contenção de encostas. O total investido chegou a R$ 2,1 bilhões, afirmou.

"Em São Miguel, nós fizemos a canalização de 11 córregos. Estou com dez em obras hoje e vou licitar mais cinco. Então, a gente fez muita coisa. Ainda bem que a gente conseguiu fazer bastante obra na cidade, senão a gente teria, com esse volume de água que hoje tem caído, uma situação muito pior", declarou.

O prefeito afirmou que as intervenções realizadas pela gestão municipal fizeram com que dezenas de locais que antigamente apresentavam problemas por causa da chuva hoje já não apresentam mais.

Ainda durante a entrevista, Nunes foi questionado sobre 17 mil pedidos de poda e remoção de árvores por parte dos munícipes e que continuam em aberto. Ele respondeu que a gestão reduziu a espera em 70%, mas que muitas das intervenções dependem da atuação da Enel, concessionária de energia, para desligar a eletricidade.

"Existe realmente um problema com relação à Enel, quando ela demora para fazer o desligamento da energia e fazer a poda, porque a gente também não pode colocar os funcionários em risco. Então, sempre que houver uma árvore em contato com a fiação, é necessário que tenha uma atuação da Enel, um desligamento da energia para fazer a poda com segurança e proceder às ações", afirmou.

Ele disse que as equipes da prefeitura têm dez pessoas enquanto as da concessionária tem duas.

"A Enel se demonstrou uma empresa com pouca capacidade para atendimento às necessidades, com poucas equipes. A crítica é como representante da população de São Paulo, é aquilo que essa empresa está fazendo para a cidade, deixando a desejar no seu atendimento, demorando muitas horas para restabelecer a energia. No episódio de novembro entramos com ação judicial e agora novamente", afirmou.

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