Conjunto da Estação Júlio Prestes é tombado de forma definitiva pelo Iphan

A medida significa que o prédio passa a ter proteção federal contra destruição, demolição ou mutilação

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São Paulo

O Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) tombou de forma definitiva o conjunto da estação ferroviária Júlio Prestes, na região central de São Paulo, construído em 1938 e hoje sede de um complexo cultural que inclui a Sala São Paulo.

O tombamento, que abrange a gare, o prédio da estação e o prédio da administração, foi aprovado por unanimidade em reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural realizada nesta quarta-feira (28). O órgão é a instância de decisão máxima do Iphan para questões relacionadas ao patrimônio brasileiro.

A imagem mostra a fachada de um prédio histórico
Fachada da estação Júlio Prestes, no centro de São Paulo - Carolina Padua/Arquivo Iphan-SP

A medida significa que o conjunto passa a ter proteção federal contra qualquer tipo de destruição, demolição ou mutilação. Além disso, restaurações ou modificações precisam ser autorizadas pelo Iphan.

O tombamento foi solicitado em 1997 pelo então secretário estadual de Cultura, Marcos Mendonça. Em 2022 foi concedido o tombamento provisório e agora o definitivo.

Histórica, a estação Júlio Prestes foi projetada pelo arquiteto Christiano Stockler das Neves (1889-1982) por encomenda da Companhia Estrada de Ferro Sorocabana, fundada em 1875 para ligar a região de Sorocaba, no interior de São Paulo, à capital.

Em seu parecer, a conselheira Nádia Somekh, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Mackenzie, destacou um estudo realizado pelo Iphan que identifica a estação como "bem cultural de alto valor, que tem sido mantido e atualizado de maneira atenta e cuidadosa, demonstrando de forma inequívoca a sustentabilidade de sua conservação".

A Sala São Paulo, que funciona na estação desde 1999, é sede da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo) e do Coro da Osesp. O edifício abriga também a sede da Secretaria de Cultura de São Paulo e a estação faz parte da linha 8-diamante da Via Mobilidade.

Funcionários e o público da Osesp enfrentam a convivência com a cracolândia. A estimativa é que cerca de mil usuários de drogas morem no entorno do complexo cultural, um dos principais problemas sociais de São Paulo desde o início da década de 1990.

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