Descrição de chapéu Interior de São Paulo

Coronel que mantinha arsenal em apartamento em Campinas é encontrado ferido

Militar da reserva, que é dono de apartamento onde houve explosões e incêndio no sábado (24), foi internado

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

O coronel da reserva Virgílio Parra Dias, 69, que mantinha um arsenal em um apartamento incendiado no último sábado (24) em Campinas (SP), foi encontrado na madrugada desta terça (27) em uma praça no Jardim Chapadão, com um ferimento. De acordo com informações do boletim de ocorrência, o militar tentou suicídio.

A Polícia Civil procurava Dias desde o acidente no edifício Fênix, alvo de explosões e um incêndio. No total, 44 pessoas tiveram de ser resgatadas e 37 ficaram feridas após inalarem fumaça.

O coronel foi socorrido e levado para o Hospital Santa Tereza, depois transferido para o Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, onde ficou internado, inconsciente, ainda segundo o BO. A assessoria de imprensa da unidade confirmou que ele continua internado, mas não deu detalhes sobre seu estado de saúde.

O prédio foi liberado pela Defesa Civil aos moradores apenas nesta terça –somente o apartamento do coronel continua interditado. A liberação do edifício ocorreu após varredura do Exército.

No dia das explosões, o coronel chegou a ser visto do lado de fora do prédio pelas equipes que atuaram no combate às chamas, mas deixou o local e era procurado desde então para dar explicações. A polícia não soube dizer se ele já tem advogado.

O coronel da reserva Virgílio Parra Dias - Reprodução/EPTV

Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, Dias estava hospedado na casa de um amigo, também coronel da reserva. O amigo relatou que precisou sair de casa e, quando retornou, não encontrou Dias. Saiu para procurá-lo e o encontrou sentado no banco da praça, ferido e sangrando bastante, e então acionou a Polícia Militar e os bombeiros.

Nesta segunda (26), o Comando Militar do Sudeste afirmou que foi aberto processo administrativo para averiguar possíveis irregularidades quanto à situação cadastral do arsenal mantido no apartamento do coronel.

Em nota, o Exército disse que o militar possui registro válido como atirador, caçador e colecionador (CAC), que permite a posse e armazenagem de armas de fogo e munições, de acordo com uma série de prescrições legais.

O risco de haver munição escondida sob os escombros do apartamento em que houve explosões de munições e o incêndio fez com que o local ficasse interditado até a remoção dos resíduos. Neste período, o edifício teve a energia elétrica desligada.

"A agilidade foi essencial para que não houvesse mais nenhum resquício de artefato explosivo no apartamento e pudéssemos realizar a desinterdição do prédio", afirmou o coordenador regional e diretor da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado, sobre o trabalho dos militares.

Segundo o órgão municipal, os moradores do prédio podem decidir como será a volta para casa.

Imagem mostra destruição em apartamento de Campinas
Apartamento em Campinas ficou destruído após explosões e incêndio na noite de sábado (24) - Divulgação/Defesa Civil

ENTENDA O CASO

As explosões seguidas do incêndio no apartamento, localizado no bairro Botafogo, fizeram com que ao menos quatro moradores do prédio tivessem de ser resgatados de rapel.

O arsenal estava armazenado num local considerado inapropriado no apartamento. Ao explodir, o elevador, o corredor de uso comum do edifício e as escadas foram atingidos, segundo a polícia.

Havia cerca de 110 armas no local, segundo a polícia, e quase todas foram achadas com danos parciais ou totalmente queimadas. Treze, porém, que eram mantidas em outro lugar do apartamento, estavam em bom estado.

Quanto às munições, cerca de 3.000 eram armazenadas no apartamento, conforme a Polícia Civil. Também havia granada e pólvora no local.

SUICÍDIO | ONDE BUSCAR AJUDA

A recomendação dos especialistas é que a pessoa busque qualquer serviço médico disponível

Pronto-socorro psiquiátrico

Ideação suicida é emergência médica. Caso pense em tirar a própria vida, procure um hospital psiquiátrico e verifique se a unidade tem pronto-socorro. Na cidade de São Paulo, há opções como o Pronto-Socorro Municipal Prof. João Catarin Mezomo, o Caism (Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental) e o Hospital Municipal Dr. Arthur Ribeiro de Saboya.

CVV (Centro de Valorização da Vida)

Voluntários atendem ligações gratuitas 24 horas por dia no número 188, e também por chat, via email ou diretamente em um posto de atendimento físico.

Mapa da Saúde Mental

O site, do Instituto Vita Alere, mapeia serviços públicos de saúde mental disponíveis em todo território nacional, além de serviços de acolhimento e atendimento gratuitos. Também oferece cartilhas com orientações em saúde mental.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.