Um edifício residencial de 19 andares foi evacuado com urgência na tarde desta terça-feira (13) em Praia Grande, no litoral paulista, depois de três colunas do prédio apresentarem danos estruturais, e interditado totalmente pela prefeitura.
O colapso na estrutura das colunas do edifício Giovannina Sarane Galavotti, localizado na avenida Jorge Hagge, 80, bairro Aviação, ocorreu às 13h56, de acordo com a Defesa Civil de Praia Grande. Não há vítimas.
O edifício possui no total 23 pavimentos, dos quais 19 com unidades habitacionais, e foi entregue aos moradores em 2011. Há, no total, 133 apartamentos, conforme a Defesa Civil.
A evacuação levou um grande número de curiosos para a avenida e gerou temor não só em quem estava no prédio, mas também em quem mora ou está hospedado no feriado prolongado de Carnaval em edifícios vizinhos. Em redes sociais, moradores relataram ter sentido tremores.
A Prefeitura de Praia Grande anunciou, já no início da noite, a interdição total do edifício até que o condomínio apresente uma série de documentações técnicas.
"O condomínio já foi notificado pela prefeitura para apresentar a documentação. A partir desta etapa o material será analisado pela Secretaria de Urbanismo e Defesa Civil da Cidade. A medida é necessária por conta de danos estruturais em três pilastras do edifício", informou por meio de nota a administração.
A Defesa Civil classificou o ocorrido como cisalhamento (deformação) das colunas no subsolo. Quando detectada, foi feita a evacuação de todos os apartamentos e uma operação emergencial foi ativada.
Uma caixa d’água de 30 mil litros foi esvaziada com o objetivo de não sobrecarregar a estrutura do edifício. Isso fez com que água jorrasse em frente ao prédio, que fica a cerca de 100 m da praia.
Equipes das secretarias de Urbanismo, Trânsito, Segurança Pública, além da Defesa Civil de Praia Grande, se deslocaram para o entorno do prédio, assim como três equipes do Corpo de Bombeiros e veículos da Polícia Militar.
Técnicos da secretaria de Urbanismo, Defesa Civil e Corpo de Bombeiros passaram a maior parte da tarde no edifício realizando uma vistoria e avaliando os danos ocorridos.
Além disso, a construtora responsável pelo edifício fez uma obra emergencial com o objetivo de estabilizar as colunas —também para não sobrecarregar as demais. "Ocorreu o escoramento dos pavimentos onde houve o sinistro das pilastras no subsolo, térreo, G1 e G2", diz a prefeitura.
Nos próximos dias, conforme a Defesa Civil, serão realizadas novas vistorias para verificação de uma obra definitiva.
Até o momento não é possível identificar o que pode ter causado os danos estruturais no Giovannina Sarane Galavoti. Também não há previsão sobre um possível retorno dos moradores aos seus apartamentos.
No início da noite, foi liberada a entrada gradual e controlada de moradores para a retirada de pertences pessoais e animais domésticos que, por acaso, tenham permanecido nos apartamentos. Essa entrada é acompanhada por bombeiros.
O local conta com toda a documentação pertinente em dia junto à prefeitura, de acordo com a administração.
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