Sete envolvidos em sequestro de Marcelinho Carioca e amiga se tornam réus

Quatro foram presos preventivamente e três estão foragidos

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Sete acusados de participação no sequestro do ex-jogador Marcelinho Carioca e de Taís Alcântara de Oliveira, amiga dele, em 17 de dezembro, se tornaram réus na Justiça de São Paulo. A decisão é de 19 de janeiro.

De acordo com Fabio Nelson, delegado da Divisão Antissequestro, no dia seguinte ao sequestro foram presos três homens e uma mulher. O dinheiro retirado do jogador passou pelas contas dos três primeiros. A última foi a responsável pelo cativeiro onde o jogador e amiga foram mantidos pelos criminosos.

Ainda segundo o delegado, ao longo das investigações da 1ª Delegacia Antissequestro, foram identificados Matheus Eduardo Candido Costa, Caio Pereira da Silva e Camily Novais da Silva, como autores do sequestro. Eles são considerados foragidos.

Ex-jogador Marcelinho Carioca ainda no cativeiro - Reprodução

Entre os foragidos, apenas Camily tem advogado. Ele foi procurado, mas as ligações não foram atendidas.

Segundo Fabio Nelson, os quatro indiciados presos foram ouvidos e confirmaram ter participado do sequestro. A suspeita, diz o delegado, é que eles façam parte de um grupo especializado em sequestros que obriga vítimas a fazer transferências por meio de Pix.

Três suspeitos teriam afirmado, em depoimento, que cederam suas contas bancárias para receber o dinheiro, ainda de acordo com o delegado.

Os presos devem responder por extorsão mediante sequestro, associação criminosa e receptação.

Para a polícia, o grupo não sabia quem havia sequestrado, tomando conhecimento da identidade da vítima apenas no cativeiro. Eles teriam sido atraídos pelo carro que Marcelinho dirigia, uma Mercedes.

RELEMBRE O CASO

Marcelinho Carioca foi sequestrado após sair de um show do cantor Thiaguinho na Neo Química Arena, em Itaquera, zona leste de São Paulo.

Na volta para casa, o ídolo do Corinthians parou em Itaquaquecetuba para deixar ingressos para a amiga, que conhecia desde a época em que foi secretário de Esportes na cidade, quando foi abordado por um grupo armado, que pediu cartões, senhas, o desbloqueio do celular e acesso ao Pix.

Ao lado da amiga, Marcelinho ficou em um cativeiro recebendo ameaças, entre elas a de que seria submetido a uma roleta-russa.

Em um primeiro momento, ainda no dia 17, antes de o ídolo do Corinthians ser dado como desaparecido, uma pessoa não identificada pela PM teria feito um pagamento no valor de R$ 60 mil, supostamente a pedido de Marcelinho. De acordo com a PM, os sequestradores chegaram a pedir R$ 200 mil.

Na tarde do dia 18, já resgatado pela polícia, Marcelinho afirmou que havia sido coagido pelos criminosos a gravar um vídeo em que disse ter sido sequestrado após sair com uma mulher casada. No vídeo, que viralizou em aplicativos de mensagem, Marcelinho aparecia com o olho roxo e dizia que o autor do sequestro seria o marido da mulher.

A versão foi endossada pela mulher, que também aparecia no vídeo. Porém, segundo a polícia, a narrativa havia sido criada pelos sequestradores para despistar a polícia.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.