Descrição de chapéu violência

Homem entra em concessionária de BH e mata funcionário

Segundo a PM, autor dos disparos disse que teve prejuízo em reparo de carro e culpou a vítima; empresa afirma que ele não era cliente

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Curitiba

Um homem de 57 anos entrou em uma concessionária de veículos na tarde desta terça-feira (28), em Belo Horizonte, e atirou contra um funcionário da loja, Alexandre Santos Queiroz, 65, que morreu no local. O crime foi registrado por câmeras de segurança.

Ele fugiu de carro após os disparos, mas foi encontrado na sequência pela Polícia Militar, que prendeu o homem em flagrante, por porte ilegal de arma de fogo e homicídio qualificado, na avenida Dom Pedro 1º.

O nome do preso não foi revelado pelas autoridades, que também não informaram se ele já possui defesa formal no caso.

Funcionário de concessionária de veículos é morto a tiros enquanto trabalhava, em Belo Horizonte (MG), na tarde desta terça-feira (28) - Reprodução/Tv Globo

De acordo com o boletim de ocorrência, o homem admitiu ter atirado contra o funcionário e relatou que buscava vingança por um episódio que teria ocorrido no ano de 2022.

Segundo a PM, o homem disse que, naquele ano, a vítima foi quem o atendeu para um reparo na bomba de água do seu veículo, ao custo de R$ 3.000. Uma semana após o serviço, o carro teria voltado a apresentar problemas.

Em novo contato com a vítima, teria ocorrido um desentendimento entre eles. O homem disse que o funcionário o teria tratado de forma grosseira e arrogante e que, ao final, optou por levar seu carro a outro local, onde teve mais um gasto de R$ 2.500.

Ainda segundo a PM, o homem teria afirmado que está desempregado e que resolveu se vingar do funcionário por conta do episódio passado. Ele disse aos policiais militares que acredita que a vítima teria danificado seu veículo de forma proposital.

A arma de fogo encontrada com o suspeito, uma pistola semiautomática com a numeração raspada, foi comprada em um clube de tiro no ano de 2001, segundo relato do preso à PM.

A concessionária fica na avenida Professor Magalhães Penido, no bairro Liberdade, e é de propriedade do Grupo Lider. Em nota, a empresa afirma que o suspeito não foi identificado como um ex-cliente da loja.

"Sobre o autor dos disparos, o mesmo nunca foi cliente da Mila e desconhecemos qualquer episódio que envolva acordo comercial que não tenha seguido os protocolos e as normas da empresa que sempre prezam pela boa conduta", disse a empresa, ao acrescentar que Queiroz era um funcionário "de longa data" e "sempre cumpriu com afinco as funções a ele atribuídas".

Na nota, o Grupo Lider também manifestou solidariedade aos familiares e amigos de Queiroz e informou que os funcionários da concessionária que presenciaram o fato "estão colaborando com as investigações desde o primeiro momento".

Em nota, a Polícia Civil de Minas Gerais disse que a perícia oficial esteve no local para realizar os levantamentos necessários à investigação.

"O corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal Dr. André Roquette (IMLAR), para ser submetido a exames de necropsia, e liberado em seguida, na madrugada desta quarta-feira (29), aos familiares", continua a nota.

A Polícia Civil acrescentou que no momento realiza diligências, como realização de oitivas e análise de imagens de câmeras de segurança, e que a investigação continua "para completa elucidação do caso".

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