Descrição de chapéu Obituário Chuniti Kawamura (1949 - 2024)

Mortes: Fotógrafo, levava a câmera para todo lugar

Chuniti Kawamura fez carreira em jornais do Paraná

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Curitiba

A partida do repórter fotográfico Chuniti Kawamura repercutiu no Paraná.

"Profissional renomado, atuou nos principais veículos de comunicação da capital paranaense. Era reconhecido pelos colegas pelo profissionalismo exemplar e pelo olhar cirúrgico nas imagens que captava", publicou o governo estadual.

O Sindijor-PR (Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná) também lamentou a morte. "Premiado e querido por colegas, Kawamura dedicou seu talento aos jornais O Estado do Paraná e Tribuna do Paraná, além de atuar no governo do estado do Paraná. Seu trabalho deixa marcas indeléveis na história da imprensa paranaense."

Nascido no interior do Paraná, em Jaguapita, trabalhou no sítio dos pais, japoneses, desde pequeno, ao lado dos sete irmãos. Foi para Curitiba ainda jovem, para estudar. Começou a trabalhar como motorista, no jornal Correio de Notícias, mas logo se interessou pela fotografia, curso que concluiu na Universidade Tuiuti do Paraná. "A fotografia era sua paixão", conta a esposa Alita Kawamura.

Chuniti Kawamura (1949 - 2024)
Chuniti Kawamura (1949 - 2024) - Jonathan Campos/AEN

Ela lembra que a máquina fotográfica era sua companheira mesmo depois que se aposentou, aos 60 anos. Foi quando começou a participar dos eventos da comunidade japonesa, registrando tudo. "Mesmo quando estávamos passeando, estava com sua câmera."

Chuniti adorava ler e era bastante reservado, "não era muito de falar da vida dele, mas estava sempre pronto para ajudar, sem olhar a quem", fala a esposa. "Um grande homem, companheiro e amigo. Estava sempre sorrindo"

O amigo e também fotógrafo Franklin Freitas reforça o talento de Chuniti. "Fotografava desde homicídio até tomate. Nunca estava cabisbaixo, sempre com um sorriso, sempre bem e disposto. Muito querido e determinado", diz. "Era amigo, companheiro e muito profissional. O jornalismo paranaense perdeu um dos seus melhores fotojornalistas."

A jornalista Silvia Calciolari recorda que, em 1988, durante um assalto a banco com reféns em Goioerê (PR), as imagens dele eram estampadas nas capas e isso era motivo de orgulho da Redação do Correio de Notícias. "Foi a primeira vez que ouvi o dramático e excitante ‘parem as máquinas’, quando chegou foto nova do Chuniti do local e a notícia de que o sequestro tinha acabado."

Os encontros com Chuniti eram sempre fraternos, carinhosos e muito espontâneos, completa a amiga. "A alegria dele era contagiante, assim como a sua generosidade com os colegas e todas as pessoas com quem encontrava. O sorriso era sua marca registrada."

Chuniti foi vítima de um acidente automobilístico, aos 74 anos. Deixa esposa e quatro irmãos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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