O aeroporto internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, reabrirá em outubro com 50 pousos e decolagens, das dez da manhã às dez da noite, segundo o ministro Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos).
Em dezembro, ele disse nesta terça-feira (16), que a expectativa é de que já esteja com funcionamento normalizado. Em dezembro do ano passado, por exemplo, foram realizados 5.231 voos no aeroporto de Porto Alegre, de acordo com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
O ministro disse ainda que, até a próxima sexta-feira (19), a AGU (Advocacia-Geral da União) se manifestará sobre a possibilidade de o governo ajudar com recursos a concessionária Fraport. E, na segunda-feira, o governo encaminhará a proposta para o TCU (Tribunal de Contas da União).
A declaração foi dada a jornalistas no Palácio do Planalto, após reunião na Casa Civil, com a presença do CEO global da concessionária, Stefan Schulte, e a CEO brasileira, Andreaa Pal.
"No mês de outubro, nós iremos reabrir parcialmente o aeroporto Salgado Filho com 50 voos diários, o que equivale a 350 voos semanais. Essa será a primeira etapa da reabertura do aeroporto e até dezembro o aeroporto Salgado Filho estará 100% aberto e operando como estava sendo operado antes da enchente que ocorreu, infelizmente, no estado do Rio Grande do Sul", disse o ministro a jornalistas, no Planalto.
"A Fraport solicitou, ao longo do dia de hoje, a possibilidade de um reequilíbrio, onde a gente possa fazer essa discussão conjunta. Nós entendemos ser importante a necessidade do reequilíbrio, mas desde que seja validado pela AGU e, a posterior, pelo Tribunal de Contas da União", disse ainda.
"Reequilibrio é, como vocês sabem, concessionária está solicitando recursos de ações que seguradora pode vir a não pagar", afirmou. Questionado de que forma se daria esse reequilíbrio, se a fundo perdido ou por meio de financiamento, o ministro disse que isso será discutido depois.
Paal, por sua vez, disse que o valor deve ficar abaixo dos R$ 700 milhões, solicitados pela concessionária à seguradora.
"Primeiro, que esse número cada dia vai ficar mais baixo, porque descobrimos coisas que podem ser reparadas, não devem ser compradas e, por outro lado, tem a discussão com o seguro, que ainda caminha, então agora são especulações. Vai ser para o governo muito menos que R$ 700 milhões", afirmou.
O aeroporto internacional Salgado Filho iniciou, na segunda-feira (15), as operações de embarque e desembarque de passageiros, mais de dois meses após uma inundação histórica no Rio Grande do Sul ter atingido o local e outros pontos da capital gaúcha. Os voos, contudo, continuam partindo da base área de Canoas, na região metropolitana.
O transporte do aeroporto até o local onde acontecem os pousos e decolagens, no aeródromo militar, será feito em ônibus disponibilizados pela concessionária Fraport. A empresa alerta que nenhum passageiro poderá se dirigir diretamente à base de Canoas para embarcar.
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