Assembleia Legislativa de SC aprova multa por porte de drogas em local público

Medida ocorre após decisão do STF sobre descriminalização no caso da maconha; único voto contrário diz que proposta é inconstitucional

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Rio de Janeiro

A Assembleia Legislativa de Santa Catarina aprovou na última terça-feira (2) um projeto de lei que prevê cobrança de multa para quem portar ou usar drogas em espaços públicos no estado.

Com apenas um voto contrário, o texto recebeu aval de 39 deputados, que também criticaram a recente decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que descriminalizou o porte de maconha para uso pessoal no Brasil.

A imagem mostra uma pessoa segurando um cigarro com ambas as mãos. A pessoa está vestindo uma camiseta preta com o logotipo da Nike. Ao fundo, há outra pessoa vestindo uma camiseta branca, também com o logotipo da Nike, e usando um colar.
Homem com um cigarro de maconha durante a Marcha da Maconha, na avenida Paulista, em São Paulo - Felipe Iruatã - 16.jun.2024/Folhapress

O projeto segue para a análise do governador Jorginho Mello (PL), que usou as redes sociais para se manifestar a favor da medida.

"Vou sancionar porque nós temos que livrar a sociedade desse mal do século, que é a droga. A Assembleia aprovou e vai ter a minha aprovação. A multa é para o portador, e nós temos que coibir isso", afirmou.

De acordo com o texto, a multa será de um salário mínimo (R$ 1.412), aplicada a quem for pego com drogas ilícitas em espaço aberto ou fechado nas proximidades de órgão, instituição ou construção pública, incluindo ruas e parques.

O projeto de lei estipula que metade dos recursos será aplicada no Fundo Estadual para Melhoria da Segurança Pública, 25% ao Fundo Estadual Antidrogas e os outros 25% para o Fundo Estadual da Saúde.

O relator da proposta, deputado Jessé Lopes (PL), defende que a aprovação do projeto colabora com o trabalho da polícia no combate às drogas.

"Temos um STF que legisla, passa por cima da Câmara dos Deputados, que deveria decidir essa questão. Temos um governo federal que apoia a liberação de drogas, que acaba de cortar dinheiro das unidades terapêuticas", disse.

Único voto contrário à medida, o deputado Marquito (Psol) argumentou que a proposta é inconstitucional, por se tratar de assunto que é de competência federal.

"O debate sobre drogas é mais amplo. Se resolve com muita inteligência, pesquisa e investigação", afirmou.

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