Descrição de chapéu clima

Falta de chuvas seca cânion de MT conhecido por água cristalina

Cânion do Jatobá chega a ficar com 8 metros de profundidade; estiagem aguda no Centro-Oeste deve piorar

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Porto Alegre

A falta de chuvas em Mato Grosso causou a seca de uma das principais atrações naturais do estado. A água baixou totalmente no cânion do Jatobá, que fica em Vila Bela da Santíssima Trindade, na fronteira com a Bolívia e a 521 km de Cuiabá.

Nas fotos, o mesmo cânion. À esquerda com água azul cristalina, à direta marrom e esco
Cânion do Jatobá, em Vila Bela, está praticamente sem água - MTTV/Reprodução

O período de falta de chuvas, característico da estação naquela região, contribuiu para a situação. O cânion, que tem aproximadamente 150 metros de extensão e 8 metros de profundidade quando cheio, sempre seca na mesma época devido aos padrões climáticos da região. Entretanto, o Centro-Oeste enfrenta uma estiagem aguda, e a situação deve piorar ao longo do mês.

O cânion fica no Parque Estadual Serra de Ricardo Franco e reúne até 8.000 pessoas por temporada. Turistas viajam até o local para conhecer as belezas naturais e a água conhecida por ser cristalina e ter um tom forte de azul. Nas proximidades do cânion fica a cachoeira do Jatobá, a mais alta do estado, com 248 metros.

A expectativa é que a água retorne no início da temporada de chuvas, em novembro, atingindo o ápice entre dezembro e abril, quando há o maior movimento turístico. Vila Bela da Santíssima Trindade é a cidade mais antiga de Mato Grosso, fundada em 1752, e é um polo de ecoturismo e visitação de patrimônio histórico preservado.

A estiagem nesta época do ano interfere nos níveis de rios e lagos, e já causou impactos semelhantes em outros estados do Centro-Oeste. Em 2022, a falta de chuvas na região de Bonito (MS) secou a Boca da Onça, maior cachoeira de Mato Grosso do Sul, com 156 metros de altura.

A região também enfrenta a fumaça decorrente de incêndios na amazônia e no pantanal.

No caso do parque Serra de Ricardo Franco, a localização entre o cerrado e o pantanal reflete na biodiversidade, e também coloca o local na rota de incêndios. O parque foi atingido por fogo em fevereiro de 2019, durante o pico do período turístico.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.