Descrição de chapéu Folhajus acidente aéreo

Mais de 40 perfis suspeitos de aplicar golpes ou mostrar corpos de mortos em avião são derrubados

Contas falsas alegavam levantar recursos em favor das famílias das vítimas e agora são investigadas pelo Ministério Público de SP

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

O Ministério Público de São Paulo afirma ter derrubado, desde a última sexta-feira (9), mais de 40 perfis nas redes sociais que tentavam aplicar golpes ou divulgaram imagens de corpos do acidente com o avião da Voepass, que deixou 62 mortos.

Em nota, a Promotoria diz que o CyberGaeco, em parceria com o Cyber Lab do Ministério de Justiça, miram contas falsas que alegam levantar recursos em favor das famílias das vítimas do desastre aéreo em Vinhedo (SP).

O órgão afirma que 31 perfis que exibiam imagens dos mortos e 12 que tentavam aplicar golpes foram derrubados.

Um avião modelo ATR 72-500, da companhia aérea Voepass, que saiu de Cascavel (PR), e seguia para Guarulhos (SP), caiu dentro de um condomínio residencial no município de Vinhedo, interior de São Paulo, e deixou 62 mortos
Avião modelo ATR 72-500, da Voepass, saiu de Cascavel e seguia para Guarulhos, mas caiu em condomínio residencial em Vinhedo, na última sexta (9) - Bruno Santos - 10.ago.24/Folhapress

Em entrevista à jornalistas na noite desta segunda-feira (12), o procurador-geral de Justiça Paulo Sérgio de Oliveira e Costa afirma que os perfis estão sendo investigados e que serão rigorosamente punidos.

"São pessoas que estão se aproveitando de situações trágicas como essa e vão merecer da parte do Ministério Público, que vai ser pedido à Justiça, todo rigor na punição", afirma o procurador.

Em nota, o MP-SP diz que se mobiliza para dar apoio psicológico, social e jurídico às famílias das vítimas.

A Promotoria tem dois canais diretos para contato dos familiares, por meio do e-mail apoiovinhedo@mpsp.mp.br e do WhatsApp (11) 96591-1372.

O acidente

O voo 2283 da Voepass caiu na sexta durante viagem de Cascavel (PR) a Guarulhos (Grande São Paulo), na área de uma casa no condomínio Recanto Florido, no bairro Capela. Imagens feitas por moradores mostram o avião em queda livre e, na sequência, uma explosão seguida por muita fumaça.

A queda matou os 58 passageiros e os quatro tripulantes que estavam a bordo. A aeronave, que decolou às 11h50 e tinha previsão de chegada às 13h40, perdeu 3.300 metros de altitude em menos de um minuto a partir das 13h21, segundo o site Flight Aware, que monitora voos em tempo real ao redor do mundo.

Segundo a Força Aérea Brasileira, o avião deixou de responder às chamadas do Controle de Aproximação de São Paulo às 13h21. O piloto não teria declarado emergência ou reportado estar sob condições meteorológicas adversas.

Nas primeiras horas após o acidente, especialistas em aviação ouvidos pela Folha levantaram duas hipóteses principais para o caso com base nos primeiros detalhes, ressaltando ser cedo para determinar as causas. A caixa-preta do avião foi recuperada.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.