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Reajuste de mensalidades em escolas em SP deve ficar entre 5% e 7%, diz sindicato

Índice médio é estimado por entidade, mas não há padronização para todos os colégios

Fernanda Brigatti
São Paulo | Agora

O reajuste das mensalidades escolares no estado de São Paulo deve ficar entre 5% e 7% para o ano letivo de 2019. O presidente do Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo), Benjamin Ribeiro da Silva, afirma que o índice é somente uma estimativa, pois dependerá do padrão de cada escola.

"Temos, em São Paulo, escolas com mensalidade começando em R$ 500 e outras em até R$ 10 mil", diz. "Não existe um reajuste igual para todas as escolas, não temos como fazer isso. O que existe é uma planilha de custos. A lei determina que o reajuste seja calculado a partir dela."

O dirigente explica que, além da planilha de custos, as escolas consideram o IGP-M (Índice Geral de Preços -Mercado), um índice de inflação calculado pela FGV (Fundação Getulio Vargas), na correção da mensalidade. Esse demonstrativo de custos, diz Silva, fica disponível para consulta.

Nos últimos 12 meses, o IGP-M passa de 10%. Já o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor), medido pelo IBGE, foi de 4,6%.

​Entre as despesas que pressionam a definição do aumento, a principal, segundo o representante das escolas, é o gasto com os salários. Neste ano, os professores conseguiram 2,14% de reajuste, PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de 15% e manutenção de cláusulas sociais até fevereiro de 2019.

Os investimentos em tecnologia também pesam muito na definição da alta das mensalidades. "Esses gastos são normalmente em dólar e aumentam muito o custo da escola", diz Silva, que inclui o aluguel dos espaços como uma das despesas que fazem diferença no custo anual.

Em todo o estado, são cerca de dez mil escolas particulares. Na capital, há 4.000.
 

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