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Mil profissionais da educação voltam ao presencial em SP sem comprovar vacina

Processos internos foram arquivados após Tarcísio proibir a exigência do atestado de imunização contra a Covid no estado

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São Paulo

Cerca de mil profissionais da Secretaria de Educação de São Paulo, que se negaram a apresentar o comprovante da vacina contra a Covid, voltaram a trabalhar de forma presencial nas escolas e em outras repartições da pasta estadual.

Eles estavam em teletrabalho e respondiam a processos internos por terem se recusado a apresentar o comprovante, mas os procedimentos foram arquivados após o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) proibir a exigência da vacina para acesso a locais públicos ou privados em qualquer parte do estado.

Alunos na escola estadual Eliza Rachel Macedo de Souza, na zona leste de São Paulo
Alunos na escola estadual Eliza Rachel Macedo de Souza, na zona leste de São Paulo - Zanone Fraissat -18.out.21/Folhapress

Segundo a Secretaria de Educação, dos 257,6 mil profissionais da pasta, 0,4% não possuíam esquema vacinal completo comprovado —cerca de 1.030 servidores. Até o ano passado, eles estavam em teletrabalho por não terem apresentado o comprovante.

Em um comunicado enviado às diretorias de ensino, a CGRH (Coordenadoria de Gestão de Recursos Humanos) da secretaria informou que todos esses servidores devem retornar ao trabalho presencial e que todos os processos de responsabilização foram arquivados.

A apresentação do comprovante de vacina foi exigida pelo então governador João Doria para todos os servidores estaduais em janeiro de 2022. O decreto, revogado por Tarcísio em 15 de fevereiro, determinava que fosse aberta apuração "de eventual responsabilidade disciplinar" a quem se recusasse a apresentar o comprovante.

A Secretaria de Educação não informou quantos desses cerca de 1.000 profissionais, que retornaram ao trabalho, atuam em escolas e têm contato direto com os estudantes.

Em janeiro do ano passado, o governo também havia determinado que os estudantes da rede estadual deveriam apresentar o comprovante de vacinação contra a Covid. Caso a documentação não fosse apresentada em 60 dias, as escolas deveriam notificar o Conselho Tutelar, ao Ministério Público e às autoridades sanitárias.

Com o decreto de Tarcísio, a exigência também deixa de valer para os estudantes.

Em nota, a pasta disse apenas que tem dado "continuidade aos protocolos sanitários em todas as escolas da rede, com higienização constante das mãos, dos ambientes, ventilação, identificação e afastamento dos infectados e monitoramento de seus contactantes".

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