Em sessão solene na Câmara dos Deputados, em Brasília, foi divulgado nesta terça-feira (22) o Ranking de Universidades Empreendedoras 2019.
Realizado pela Brasil Júnior, confederação das empresas juniores brasileiras, o índice enumera as universidades mais empreendedoras do país e busca compreender quais práticas incentivam a inovação nas instituições de ensino superior.
Nesta terceira edição, foram classificadas 123 universidades de todos os estados brasileiros
O primeiro lugar é novamente da USP (Universidade de São Paulo), com nota 7,36. Em todas as edições do ranking, a instituição paulista ficou no topo. Neste ano, foi também classificada como a melhor universidade do Brasil e da América Latina pelo Times Higher Education 2020.
Atrás dela, ainda no top 3, estão a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), com notas 6,71 e 5,83, respectivamente.
Colocação | Universidade | UF | Categoria | Região | Nota |
1º | Universidade de São Paulo (USP) | SP | Estadual | Sudeste | 7,36 |
2º | Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) | SP | Estadual | Sudeste | 6,71 |
3º | Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) | MG | Federal | Sudeste | 5,83 |
4º | Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) | RS | Federal | Sul | 5,47 |
5º | Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) | MG | Federal | Sudeste | 5,41 |
6º | Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) | SC | Federal | Sul | 5,19 |
7º | Universidade Estadual Paulista (Unesp) | SP | Estadual | Sudeste | 5,14 |
8º | Universidade de Brasíliia (UnB) | DF | Federal | Centro-oeste | 5,05 |
9º | Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) | RS | Federal | Sul | 4,98 |
9º | Universidade Federal de Viçosa (UFV) | MG | Federal | Sudeste | 4,98 |
A equipe realizadora define uma universidade empreendedora como uma comunidade acadêmica inserida em um ecossistema favorável e que desenvolva a sociedade por meio de práticas inovadoras.
Para Renan Nishimoto, presidente executivo da Brasil Júnior, parceira do Prêmio Empreendedor Social, o ambiente acadêmico deve ampliar os horizontes do conhecimento nele produzido, em busca de maior impacto social.
"Mais do que ensino e pesquisa, as universidades têm sido constantemente exigidas a extrapolar seus muros e alcançar a sociedade com o conhecimento ali produzido. Para isso, é necessária a prática do empreendedorismo", afirma.
O presidente também aponta que, por meio da educação empreendedora, as instituições conseguem formar estudantes aptos a resolver os problemas contemporâneos, cada vez mais complexos e de impacto global.
Os critérios utilizados para classificar as instituições são inovação, extensão, cultura empreendedora, capital financeiro, infraestrutura e internacionalização.
A cultura do empreendedorismo universitário nos últimos anos apresentou crescimento significativo, o que segundo Nishimoto está relacionado ao impacto das edições anteriores do Ranking de Universidades Empreendedoras.
"Os rankings conseguiram fazer crescer a presença dessa cultura e das empresas juniores nas universidades. A prova disso é o exponencial crescimento das empresas juniores, que passou de 403 em 2016 para quase 1.100 em 2019. Outro exemplo é o da UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul): a universidade contratou empresas juniores para a realização de projetos que culminaram na melhoria da instituição", relata o presidente da Brasil Júnior.
Em setembro de 2019, a Brasil Júnior realizou o 26º Encontro Nacional de Empresas Juniores (ENEJ), em Gramado (RS). O evento reuniu mais de 5 mil estudantes de universidades empreendedoras de todo o país para compartilhar conhecimentos e práticas de inovação e impacto social.
A 27ª edição do encontro será realizada no próximo ano em Natal.
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