Yunus aposta na diversidade em programas de aceleração para fomentar o empreendedorismo feminino

A aceleradora visa ampliar o impacto social e o empoderamento de mulheres no Brasil

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São Paulo

Se antes não era comum ver mulheres ocupando cargos de liderança nas empresas, hoje já é possível observar uma considerável mudança neste sentido.

O empreendedorismo feminino passou a ser uma importante ferramenta de transformação social no Brasil e no mundo e tem contribuído diretamente para o crescimento da economia de vários países. Segundo um levantamento feito pelo Governo Federal, três em cada quatro lares são chefiados por uma mulher e, dessas, 41% têm o seu próprio negócio.

As mulheres também são maioria entre os empreendedores em estágio inicial, mas minoria em negócios estabelecidos, segundo a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor 2017. 

Apesar do crescimento do empreendedorismo feminino, poucas empreendedoras possuem destaque no setor. No Brasil, este ecossistema se limita a regiões mais desenvolvidas e geralmente é dominado por homens. A situação se torna ainda mais alarmante em um recorte por classe social, no qual a desigualdade se mostra maior para mulheres que vivem em regiões mais pobres. 

Para quebrar o ciclo da falta de representatividade e empoderamento feminino, a Yunus Negócios Sociais, unidade brasileira da empresa global criada pelo Nobel da Paz Muhammad Yunus e parceira do Prêmio Empreendedor Social, tem apostado na diversidade e apoiado programas de aceleração para mulheres.

No início deste ano, por meio da divisão Yunus Corporate Innovation, o time se juntou à escola de empreendedorismo Empreende Aí, criada por Jennifer Rodrigues e Luís Coelho, que forma e capacita micro e pequenos empreendedores de territórios populares, comunidades e favelas. Ambas as organizações decidiram criar o programa A.M.E.I (Aceleradora de Mulheres Empreendedoras de Impacto).

Equipe Yunus Brasil e Empreende Aí com as selecionadas do programa A.M.E.I
Equipe Yunus Brasil e Empreende Aí com as selecionadas do programa A.M.E.I - Divulgação

​O programa recebeu no total 179 inscrições e selecionou 31 negócios para a primeira fase da aceleradora, que teve o apoio do British Council, da Fundação Via Varejo, do Instituto Consulado da Mulher e da Universidade de São Paulo. 

A primeira etapa contou com dez encontros presenciais que abordaram temas relacionados a negócios, como marketing digital, vendas, gestão de fluxo de caixa e aspectos tributários e teve por objetivo colocar a periferia como protagonista do desenvolvimento econômico e social local, e potencializar os talentos destas comunidades.

Além deste programa, a Yunus Corporate é a responsável pela aceleração do programa Itaú Mulher Empreendedora, que está com inscrições abertas até 29 de novembro.

Para este projeto, seis mulheres empreendedoras serão selecionadas —donas de empresas que já estejam em atividade e que tenham alto potencial de impacto positivo na sociedade— para  participar de uma jornada focada em mentorias, capacitação, conexão, desenvolvimento e impulsionamento de seus negócios.

Conforme explica Glaziela Cavallaro, gestora de aceleração da Yunus Corporate Innovation, programas de aceleração pautados no feminino trazem representatividade ao setor e ajudam a permitir que, além de gestora do lar, a mulher se veja como gestora em outros setores. 

A startup NINA, que rastreia casos de assédio na mobilidade urbana por meio de uma plataforma, desenvolvida pela empreendedora Simony Cesar, representará o nordeste brasileiro no programa global MAN Impact Accelerator, criado com a divisão alemã da MAN Truck & Bus.

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