A meta de empoderar 5 milhões de mulheres foi batida em 2020 pelo programa de equidade de gênero desenvolvido em escala global pelo Coca-Cola ao longo da última década.
A marca foi alcançada justamente no ano em que a pandemia do coronavírus ampliou desigualdades, entre elas as de gênero.
“A Covid-19 é uma pandemia também de violência contra as mulheres”, afirmou María Noel, diretora regional da ONU Mulheres para América Latina e Caribe, na abertura de evento virtual de apresentação dos resultados do programa “5by20” na região.
Segundo a especialista, a inequidade de gênero é um desafio econômico ainda maior durante crise sanitária que resultou em retrocessos na conquista de direitos e autonomia feminina.
“Promover equidade é um bom negócio", concluiu a representante da ONU Mulheres, parceira do 5by20.“Que outras empresas imitem a Coca-Cola e passem a integrar cada vez mais mulheres em suas cadeias de valor e hierarquias.”
O presidente da Coca-Cola na América Latina, Henrique Braun, destacou o número de 400 mil beneficiárias do programa na região, em um esforço envolvendo os vários elos da cadeia de valor e parceiros da sociedade civil.
“Nosso agradecimento a todos que trabalharam uma década para alcançar estes números impressionantes. Precisamos do apoio desses parceiros para continuar fazendo a transformação na vida das mulheres globalmente”, disse Braun.
Um vídeo institucional mostrou o impacto do programa na trajetória de mulheres como Daiana Santos, 22, uma das 148 mil brasileiras que se somaram as números globais da iniciativa da Coca-Cola.
Selecionada aos 16 anos para o Coletivo Jovem, programa de capacitação e empregabilidade do Instituto Coca-Cola Brasil, a jovem de Duque de Caxias, na baixada fluminense, conseguiu o primeiro emprego, entrou para a faculdade de direito e hoje é estagiária na própria Coca-Cola.
“O Coletivo me trouxe conhecimento e perspectivas. Eles te ensinam como se portar numa entrevista, a fazer um currículo. Aquilo te dá oportunidades concretas”, resume Daiana, que sonha em ser delegada de polícia.
Andrea Motta, diretora de sustentabilidade da Coca-Cola para América Latina, destaca que para o 5by20 no Brasil alavancou o programa Coletivo Jovem como plataforma principal para empoderar meninas, como Daiana.
“São jovens que querem ter uma vida diferente, estão interessadas em formação e são uma força para transformar também a vida de suas família”, afirma, sobre o perfil das beneficiárias.
O programa de empoderamento de mulheres também abrangeu líderes de cooperativas de reciclagem e micro-empreendedoras ligadas à cadeia de valor da companhia.
“Na pandemia, muitas perderam renda e são o sustento das famílias”, explica Andrea, exemplificando o suporte dado às baianas vendedoras de acarajé, grupo fortemente impactado no auge da crise sanitária no país.
Além de empoderar mulheres que se relacionam com sua cadeia de valor e membros de comunidades onde atua, a diretora de sustentabilidade destaca ainda os avanças em equidade de gênero dentro dos quadros da Coca-Cola Brasil.
“Começamos a promover a agenda de equidade de gênero em 2011, quando criamos um comitê e ações afirmativas, como garantir que painéis e programas de treinamento tivessem 50% de homens e mulheres”, exemplifica.
Há dois anos, a companhia ultrapassou a meta de 50% dos cargos ocupados por representantes do sexo feminino. A Coca-Cola Brasil tem hoje 55% de mulheres no seu quadro geral e 51% nos postos de lideranças, em funções de gerente para cima.
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