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Remédio para asma pode prevenir riscos de alergias alimentares, diz estudo

Fármaco pode reduzir reações mais perigosas, aponta publicação na revista New England Journal of Medicine

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Washington | AFP

Um medicamento usado tradicionalmente para tratar a asma pode ajudar a proteger as pessoas dos riscos, inclusive fatais, das alergias alimentares, segundo um estudo publicado no domingo (25) na revista especializada New England Journal of Medicine.

A pesquisa aleatória, financiada em parte pelo Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, submeteu a testes o remédio Xolair (omalizumabe) em 118 crianças alérgicas a amendoim e ao menos a outro alimento, como leite ou ovos.

O teste, realizado em dez centros médicos americanos, revelou que, após o tratamento, 67% das crianças foram capazes de tolerar sem sintomas uma pequena quantidade da proteína do amendoim. Das outras 59 crianças que receberam um placebo, apenas 7% conseguiram tolerar.

Jovem usando inalador de asma azul para prevenir um ataque de asma. Produto farmacêutico para prevenir e tratar a asma.
Pesquisa submeteu a testes o remédio Xolair (omalizumabe) em 118 crianças alérgicas a amendoim e ao menos a outro alimento, como leite ou ovos - Adobe Stock

A FDA, agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos, aprovou, no começo do mês, o uso do medicamento para alergias alimentares em adultos e crianças a partir de um ano de idade. Há mais de duas décadas, foi aprovado para o tratamento da asma alérgica.

Os cientistas advertem, no entanto, que o medicamento não garante que as pessoas propensas às alergias possam baixar completamente a guarda, e devem continuar tentando evitar os alérgenos conhecidos. Mas o fármaco deveria, segundo os cientistas, reduzir as reações perigosas.

O Xolair é administrado mediante injeções a cada duas ou quatro semanas, o que não é fácil para quem tem medo de agulhas.

Mas, para as pessoas que têm que conviver com o medo constante de que o consumo involuntário de um alérgeno possa resultar em hospitalização, o tratamento poderia ser revolucionário, avaliou Robert Wood, um dos líderes do estudo e membro da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins.

Estima-se que as reações alérgicas graves causem cerca de 30 mil visitas a emergências ao ano só nos Estados Unidos.

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