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Pela primeira vez no Brasil, congresso de dermatologia IMCAS destaca medicina regenerativa

Tratamentos que melhoram a qualidade da pele e estimulam colágeno foram o centro das discussões no evento em São Paulo

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São Paulo

O IMCAS (International Master Course on Aging Science), principal congresso de dermatologia e medicina estética do mundo, aconteceu pela primeira vez no Brasil, entre sexta (26) e domingo (27), em São Paulo.

O evento principal, IMCAS World Congress, ocorre anualmente em Paris desde 1998. A edição realizada no complexo empresarial World Trade Center, no Brooklin, na zona sul da capital paulista, fez parte do IMCAS Américas, uma versão do congresso para a América Latina que surgiu em Cancún, no México, em 2017.

A convenção deste fim de semana reuniu 2.000 participantes e 200 palestrantes em 135 sessões científicas. Os especialistas demonstraram novas técnicas e apresentaram protocolos de lançamentos de produtos e tecnologias.

Fotografia mostra muitas pessoas entre os stands de expositores em um salão
Espaço de expositores no IMCAS Américas, no complexo empresarial World Trade Center, no Brooklin, na zona sul de São Paulo - Sílvia Haidar/Folhapress

A novidade mais discutida em aulas e nos stands de expositores foi a medicina estética regenerativa. O conceito preza pela recuperação da qualidade da pele com resultados mais naturais. Faz parte dessa abordagem a aplicação de exossomos, que já vêm sendo utilizados em consultórios brasileiros.

"Os exossomos são vesículas liberadas pelas células que têm um importante papel na comunicação intercelular. Eles transportam proteínas, lipídios, ácidos nucleicos, ou seja, toda a alimentação que as células precisam", afirma a dermatologista Geisa Costa, uma das palestrantes do congresso.

Aplicados sobre a pele após o uso de tecnologias, como radiofrequência microagulhada e laser, em uma técnica conhecida como drug delivery, os exossomos são capazes de estimular a produção de colágeno, melhorar a qualidade da pele e promover o crescimento de fios de cabelo em casos de alopecia. Os exossomos usados na dermatologia são reproduzidos em laboratórios.

O Phofhilo também é citado pelos médicos adeptos da medicina estética regenerativa. É um biorremodelador tecidual composto de ácido hialurônico ultrapuro, injetado na derme. "Ele funciona como um adubo que regenera todas as camadas da pele e estimula o colágeno. Pode ser aplicado em áreas como rosto, pescoço e ao redor dos olhos", explica a dermatologista Paula Bellotti.

Outro produto com capacidade de regenerar a pele é o Radiesse, um gel feito com microesferas de hidroxiapatita de cálcio, produzido pelo laboratório Merz. "É um injetável que estimula colágeno, elastina e proteoglicanos, proteínas responsáveis pela firmeza, hidratação e espessura da pele", diz o cirurgião plástico Gladstone Faria.

"O Radiesse está há 20 anos no mercado e tem muitos estudos científicos publicados que mostram sua eficácia e segurança. As técnicas para aplicação têm evoluído bastante e, hoje, além do terço inferior da face, também usamos em locais como têmporas, mãos e abdômen", ressalta a cirurgiã plástica Ana Lúcia Gonzaga da Cunha.

Também veterano na dermatologia é o Sculptra, bioestimulador de colágeno feito de ácido poli-L-láctico, fabricado pela Galderma, que completa 25 anos. "O interessante de congressos como este é que conseguimos discutir novas técnicas para produtos já consagrados", observa Rafael Tomaz, gerente médico de estética injetável da farmacêutica.

Na área de skincare da Galderna, o lançamento é a linha Oil Control do clássico creme Cetaphil. Os cuidados incluem sabonete e gel de limpeza, sérum e hidratante com ácido salicílico, aloe vera e extratos botânicos para controlar a oleosidade sem causar irritação.

Entre as tecnologias, teve destaque o Volnewmer, aparelho de radiofrequência sul-coreano que chega ao Brasil distribuído pela Medsystems. A novidade promove reestruturação e regeneração do colágeno para melhorar a firmeza e contorno do rosto.

"O Volnewmer promete revolucionar os procedimentos de entrega de calor, resultando em um aumento significativo de colágeno na derme mais superficial da pele. Isso proporciona rejuvenescimento imediato e, a longo prazo, gera o espessamento real da pele, sem a necessidade de injetáveis", diz o dermatologista Rafael Soares.

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