Descrição de chapéu Coronavírus

Mais de 20% da população mundial tem alguma doença que pode agravar a Covid-19, diz estudo

Simulação avaliou 11 categorias de enfermidades e levou em conta idade, gênero e local de origem

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São Paulo

Um estudo publicado nesta segunda-feira (15) na revista científica britânica Lancet estima que 22% da população mundial —1,7 bilhão de pessoas— tem alguma doença que pode agravar o quadro clínico em caso de contágio pelo novo coronavírus.

O estudo combinou informações de faixa etária, sexo e local de origem de cidadãos de 188 países. Entre os resultados da simulação está a possibilidade de que cerca de 349 milhões de pessoas precisem ser internadas caso contraiam a doença.

O estudo aponta que 23% do total (1,7 bilhão) teria pelo menos duas doenças agravantes. Além disso, presume, com base em dados de pessoas infectadas pelo mundo, que homens têm 6% de chance de serem internados, o dobro em comparação com as mulheres (3%).

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), um dos principais fatores de risco para agravamento de quadro clínico é a idade. Quanto mais velho o paciente, maior o risco. O estudo também aponta que 5% das pessoas com 20 anos ou menos têm alguma comorbidade. Entre os idosos com 70 anos ou mais, a chance de ter uma condição agravante sobe para 66%.

Quando ao risco de internação, os idosos, novamente, são os mais propensos, com 70% de chance de hospitalização entre os que têm mais de 70 anos.

O estudo compilou 19 publicações de diretrizes da OMS e mais de 60 estudos publicados na China, na Europa e nos EUA para mapear quais doenças mais levaram à hospitalização e utilizá-las como base para a simulação.

As doenças foram divididas em 11 categorias e em ordem de prevalência: doença cardiovascular, incluindo hipertensão; doença renal crônica, incluindo a causada por hipertensão; doença respiratória crônica; doença hepática crônica; diabetes; cânceres com imunossupressão direta; cânceres sem imunossupressão direta, mas com possível imunossupressão causada pelo tratamento; Aids; tuberculose (com exceção de infecções latentes); desordens neurológicas crônicas; e distúrbios das células falciformes.

A simulação não leva em conta, no entanto, questões como raça/etnia, situação socioeconômica e obesidade.

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