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Sem dados de SP, RJ, MG e AP, Brasil registra 264 mortes pela Covid-19

Estados relatam problemas para registro de mortes em sistema do Ministério da Saúde; AP ainda sofre com apagão

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São Paulo

Sem os dados de diversos estados, o Brasil registrou 264 mortes pela Covid-19 e 15.211 casos da doença, nesta segunda (9). Com isso, o país contabiliza 162.638 óbitos e 5.675.766 pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia.

São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais não divulgaram dados referentes à Covid-19. Os estados afirmam que a situação ocorre por problemas no sistema do Ministério da Saúde. Recentemente, diversas órgãos governamentais foram afetados por um ataque cibernético. O STJ (Superior Tribunal de Justiça) também foi afetado.

O Amapá também continua sem dados atualizados, mas por causa do apagão que afeta o estado.

Além dos dados diários do consórcio, a Folha também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.

De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 338, o que representa um cenário de queda em relação à média de 14 dias atrás. Nas últimas semanas, o país variou entre situações de queda da média e estabilidade.

Os dados são fruto de colaboração inédita entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

Mortes nos estados

  • AC

    1 (total 757)

  • AL

    5 (total 2.399)

  • AM

    13 (total 5.062)

  • AP

    Não informou os dados (total 864)

  • BA

    28 (total 8.748)

  • CE

    12 (total 9.909)

  • DF

    9 (total 4.132)

  • ES

    31 (total 4.727)

  • GO

    8 (total 6.659)

  • MA

    5 (total 4.413)

  • MG

    76 (total 11.009)

  • MS

    16 (total 2.009)

  • MT

    13 (total 4.316)

  • PA

    9 (total 7.051)

  • PB

    16 (total 3.523)

  • PE

    22 (total 9.383)

  • PI

    9 (total 2.764)

  • PR

    41 (total 7.153)

  • RJ

    147 (total 24.351)

  • RN

    16 (total 2.854)

  • RO

    8 (total 1.689)

  • RR

    3 (total 772)

  • RS

    63 (total 8.007)

  • SC

    54 (total 4.652)

  • SE

    7 (total 2.394)

  • SP

    197 (total 44.878)

  • TO

    2 (total 1.212)

O Brasil tem uma taxa de 77,6 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos (237.860), e o Reino Unido (49.329), ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 72,8 e 74,2 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.

O Brasil também já ultrapassou a taxa da Itália de mortes por 100 mil habitantes (69,1).

O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de mortos e já contabiliza 95.027 óbitos, tem 75,3 mortes para cada 100 mil habitantes.

Na América do Sul, chama a atenção também o número de mortos por 100 mil habitantes do Peru: 109. O país tem 34.879 óbitos pela Covid-19.

A Índia é o terceiro país, atrás apenas de EUA e Brasil, com maior número de mortes pela Covid-19, com 126.611 óbitos. Lá, devido ao tamanho da população, a taxa proporcional é de 9,4 óbitos por 100 mil habitantes.

Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena muito mais rígida, o índice é de 75,4 mortes por 100 mil habitantes (33.560 óbitos).

Já o balanço divulgado pelo Ministério da Saúde aponta 10.917 novos casos confirmados de Covid-19 nas últimas 24h, com 231 novas mortes. O total na base federal, assim, já chega a 5.675.032 casos e 162.628 mortes confirmadas pela doença desde fevereiro.

A atualização mais recente, porém, não considera dados de São Paulo. Desde sexta (6), o estado vem registrando dificuldades no registro devido a problemas no acesso ao sistema federal.

Questionado, o Ministério da Saúde informa, em nota, que já reestabeleceu parte do sistema de informações, mas que "algumas páginas ainda podem apresentar instabilidades nos próximos dias e ficar temporariamente indisponíveis".

Segundo o ministério, a rede de tecnologia da pasta foi afetada por um vírus na última quinta-feira (5), o que levou o acesso à internet a ser bloqueado para evitar a propagação, além de outras medidas de segurança.

A pasta não informou sobre o que pode ter levado ao problema. Inicialmente, servidores da pasta apontaram a suspeita de um ataque hacker.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.​​​​​​

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