A Itália vai começar seu programa de vacinação contra a Covid-19 no início do ano que vem, anunciou o ministro da Saúde Roberto Speranza. Ao mesmo tempo, o país aperta as restrições para evitar uma alta de casos da doença durante as festas de fim de ano.
"Temos uma rota clara para um porto seguro, finalmente avistamos terra... Parece provável que em janeiro teremos nossas primeiras vacinas", disse ele ao Senado. "A distribuição da vacina dependerá dos contratos assinados pela Comissão Europeia e ficará sujeita a uma autorização que ainda não está totalmente certa."
Speranza disse que a principal fase da campanha italiana de vacinação deve ocorrer entre a primavera e o verão de 2021 no hemisfério Norte, ou seja, entre março e agosto, e deve ser voltada a trabalhadores da saúde, idosos e pessoas que vivem em asilos ou instituições do tipo. O Exército deve estar envolvido na distribuição.
A Itália foi o primeiro país ocidental duramente atingido pelo coronavírus e já registrou mais de 56 mil mortes por Covid-19 desde fevereiro, o maior número da Europa depois do Reino Unido.
No mês passado, o país impôs novas restrições para frear uma segunda onda de infecções e colocou sob um lockdown parcial grande parte da indústria no norte, além de limitar a atividade econômica.
Depois que o número de novos casos caiu na semana passada, o governo amenizou as restrições de lojas e do movimento de pessoas antes do Natal.
Um encontro governamental marcado para esta quarta-feira deve aprovar novas medidas para prevenir novo salto de infecções nas festas de fim de ano.
"Nossa intenção é limitar a viagem ao exterior e entre regiões do país durante as festas", disse Speranza. As estações de esqui do país devem ficar fechadas.
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