O Brasil registrou 1.183 mortes pela Covid-19 e 63.504 casos da doença, nesta terça-feira (19). Dessa forma, o país chega a 211.511 óbitos e a 8.575.742 pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2.
Os dados do país são fruto de colaboração inédita entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.
Além dos dados diários, a Folha também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.
De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 969. O valor da média representa um aumento de 34% em relação ao dado de 14 dias atrás.
Norte e Sudeste apresentam aumento da média móvel de mortes em comparação com os dados de 14 dias atrás. Respectivamente, o crescimento é de 126% e 50%. As demais regiões se encontram em estabilidade.
Alagoas, Amazonas, Mato Grosso, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins apresentam alta na média móvel em relação ao dado de 14 dias atrás. O maior aumento ocorreu no Amazonas, com 252%.
Amapá, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Pará, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina têm estabilidade na média móvel de óbitos, o que não significa uma situação de tranquilidade.
Acre, Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraíba e Paraná tiveram queda da média móvel de mortes. O Acre teve a maior queda, de 29%.
O Brasil tem uma taxa de 101 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos (401.128), e o Reino Unido (91.643), ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 122,8 e 137,9 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.
O Brasil havia ultrapassado a taxa da Itália de mortes por 100 mil habitantes (137,6), país com 83.157 óbitos pela doença. Contudo, com a segunda onda que assola a Europa, a Itália voltou a passar o Brasil.
O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de mortos e já contabiliza 141.248 óbitos, tem 111,9 mortes para cada 100 mil habitantes.
Na América do Sul, chama a atenção também o número de mortos por 100 mil habitantes do Peru: 121,2. O país tem 38.770 óbitos pela Covid-19.
A Índia é o terceiro país, atrás apenas de EUA e Brasil, com maior número de mortes pela Covid-19, com 152.556 óbitos. Lá, devido ao tamanho da população, a taxa proporcional é de 11,3 óbitos por 100 mil habitantes.
Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena rígida de início, o índice é de 103 mortes por 100 mil habitantes (45.832 óbitos).
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.
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