Depois que Lula voltou à disputa (não se sabe por quanto tempo) e as mortes por coronavírus dispararam no país, o alucinado do Planalto ensaia mais uma coreografia disparatada. Aparece de máscara enquanto um de seus filhos manda enfiar o artefato no rabo. O pai certamente não conhece os rudimentos da anatomia. Confundiu as localizações.
A novidade do momento é trocar o ministro Pesadelo, como Eduardo Pazuello é chamado "carinhosamente" nos meios políticos. Vamos falar sério. Alguém acredita que isto vá mudar alguma coisa?
Bolsonaro já trocou três ministros da área. O resultado está nos números. O Brasil beira as 300 mil mortes pela Covid.
Agora fala-se em nomear a doutora Ludhmila Hajjar ou outro qualquer para substituir o doutor Pesadelo. Nada contra a médica. Sabe-se apenas que em suas intervenções públicas sempre falou o contrário do que prega o capitão desnorteado.
Bem, e aí, como fica o país? Vai confundir rabo com nariz?
Obviamente o doutor Pesadelo, especialista em logística que não sabe a diferença entre Amazonas e Amapá, não serve para nada. A não ser para encher cemitérios.
Mas e a doutora Ludhmila, ou quem quer que substitua o Pesadelo, vai mudar alguma coisa? Lembremo-nos de Nelson Teich, que ocupou a cadeira de Luiz Henrique Mandetta. Durou menos de um mês. Entre salvar a carreira ou engraxar os sapatos de Bolsonaro, preferiu a primeira alternativa. Seja quem for o substituto do doutor Pesadelo, a opção será a mesma.
Bolsonaro já disse em alto e bom som: "o meu Exército" é que vai garantir o povo na rua e vencer a pandemia. Exército de quem, cara pálida? Já leu a Constituição? Claro que não. Declaração típica de miliciano infame. Aliás, suficiente para trancafiá-lo numa cadeia caso a democracia no Brasil funcionasse de fato.
Não há saída para evitar mais mortes pela Covid e salvar a democracia, para dizer o menos, a não ser tirar Bolsonaro do poder. Trocar ministros sem mudar o chefe é como trocar o gerente sem apear o dono que tomou de assalto a soberania do Brasil.
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