Descrição de chapéu Coronavírus

Pfizer/BioNTech testa vacina contra nova variante do coronavírus

Laboratório espera ter primeiros resultados dentro de duas semanas

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Frankfurt e Londres | AFP e Reuters

O laboratório alemão BioNTech, sócio da Pfizer, espera ter no mais tardar em duas semanas os primeiros resultados dos estudos que determinarão se a nova variante de Covid-19 detectada na África do Sul é capaz de escapar da proteção da vacina.

"Iniciamos de maneira imediata estudos sobre a variante B.1.1.529, que difere claramente das variantes já conhecidas porque tem mutações adicionais na proteína spike característica do vírus Sars-CoV-2", afirmou um porta-voz do laboratório à AFP.

"Pfizer e BioNTech se prepararam há vários meses para ajustar sua vacina em menos de seis semanas e entregar as primeiras doses em 100 dias no caso de uma variante resistente", completou.

Frasco da vacina da Pfizer
Testes serão realizados com a vacina da Pfizer contra a nova variante do coronavírus - Dado Ruvic - 19.mar.2021/Reuters

A nova variante apresenta 50 mutações no total e mais de 30 na proteína S, as mais preocupantes, porque é a partir dela que são produzidas as vacinas.

Até então, não há pesquisas suficientes sobre como a variante atua nem como reage às vacinas e anticorpos de quem desenvolveu imunidade natural. Segundo a OMS, pode levar algumas semanas até que se entenda melhor o impacto dela.

No entanto, alguns dados preliminares apontam que a variante aumentou rapidamente na província de Gauteng, a mais populosa da África do Sul, e já pode estar presente nas outras oito províncias do país.

A realização de testes, como este planejado pela BioNTech, para determinar se os imunizantes atuais funcionam contra novas variantes já aconteceu anteriormente.

Publicado em julho de 2021 no New England Journal of Medicine, um estudo indicou que duas doses da vacina da Pfizer ou da AstraZeneca são quase tão eficazes contra a variante delta quando se comparou com a alfa, variante anteriormente dominante em vários países do mundo.

No caso da Pfizer, a pesquisa apontou uma eficácia de 88% na prevenção de doenças sintomáticas da delta, em comparação com 93,7% contra a alfa. Já para a AstraZeneca, a eficácia foi de 67% contra a variante delta, ante 74,5% contra a alfa.

As duas vacinas estão entre as autorizadas para uso no Brasil. O país já conta com mais de 60% da população com o ciclo vacinal completo, conforme dados do Consórcio de Veículos de Imprensa desta quinta-feira (25).

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