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Brasil tem 2º dia seguido de recorde de casos de Covid, com mais de 200 mil infecções

Média de mortes chegou a 215, crescimento de 114%; média de infecções é a maior da pandemia

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São Paulo

O Brasil, pelo segundo dia consecutivo, registrou recordes de casos de Covid. Nesta quarta-feira (19), foram 205.310 infecções documentadas, maior valor observado em um único dia. A média móvel de casos também atingiu o recorde de toda a pandemia e agora é de 100.322 infecções por dia, valor 487% maior do que o dado de duas semanas atrás.

Na terça (18), foram registrados 132.254 casos de Covid.

Além do crescimento de casos, as mortes também aumentaram. Nesta quarta, foram registrados 349 óbitos e a média móvel chegou a 215 vidas perdidas por dia, aumento de 114%, também em relação aos dados de duas semanas atrás.

O elevado valor de infecções se deve, em especial aos dados do Rio de Janeiro, que registrou sozinho 69.223 casos. O estado afirmou que, desse total, 28.619 casos ocorreram em 2020 e 2021, e 40.604 estão distribuídos entre as primeiras semanas de 2022. "Este represamento pode estar relacionado aos períodos de instabilidade do sistema e-SUS", diz o estado.

Com os dados desta quarta, o país chegou a 621.927 vidas perdidas e a 23.420.861 pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 desde o início da pandemia.

Os dados do país, coletados até 20h, são fruto de colaboração entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos de imprensa diariamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

Dois sepultadores, vestidos com roupas de proteção, baixam caixão em cova aberta. Ao redor, há mais sepultadores com roupas de proteção
Sepultadores enterram vítima de Covid-19 no Cemitério Vila Formosa, em São Paulo - 27.abr.2021 - Mathilde Missioneiro/Folhapress

Os dados da vacinação contra a Covid-19 estão afetados pelo ataque hacker ao sistema do Ministério da Saúde, ocorrido em dezembro, com diversos estados sem atualização. De toda forma, as informações foram ao menos parcialmente atualizadas em 15 estados e no Distrito Federal.

Nesta semana, o consórcio de veículos de imprensa atualizou os números de população brasileira usados para calcular o percentual de pessoas vacinadas no país. Agora, os dados usados são a projeção do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para 2022. Todos os números passam a ser calculados de acordo com esses valores, inclusive os do ano passado. Por isso, os percentuais de pessoas vacinadas podem apresentar alguma divergência em relação aos números publicados anteriormente. ​

O Brasil registrou 1.689.540 doses de vacinas contra Covid-19, nesta quarta-feira. De acordo com dados das secretarias estaduais de Saúde, foram 153.477 primeiras doses, 198.979 segundas doses. Além disso, foram registradas 1.440.750 doses de reforço.

As doses únicas ficaram com dados negativos (-103.666). Isso ocorreu devido a revisões no Amapá (-5.455), Bahia (-31), Ceará (-3.959), Distrito Federal (-39), Maranhão (-133), Minas Gerais (-92) e, principalmente, Rio Grande do Sul (-95.400).

Ao todo, 162.418.676 pessoas receberam pelo menos a primeira dose de uma vacina contra a Covid no Brasil —142.752.088 delas já receberam a segunda dose do imunizante. Somadas as doses únicas da vacina da Janssen contra a Covid, já são 147.754.119 pessoas com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen. ​

Assim, o país já tem 75,60% da população com a 1ª dose e 68,78% dos brasileiros com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen. Considerando somente a população adulta, os valores são, respectivamente, de 100,40% e 91,33%​​.

Mesmo quem recebeu as duas doses ou uma dose da vacina da Janssen deve manter cuidados básicos, como uso de máscara e distanciamento social, afirmam especialistas.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (PL), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​

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