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São Paulo derruba passaporte de vacina e máscara em táxi na cidade

Proteção continua obrigatória no transporte coletivo e em serviços de saúde, segundo decreto da prefeitura

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São Paulo

A Prefeitura de São Paulo acabou com a obrigatoriedade da exigência de comprovante de vacinação contra a Covid-19 em eventos realizados na capital paulista e em estabelecimentos. A mudança na regra faz parte de um decreto publicado no último sábado (14) no Diário Oficial da cidade.

O texto assinado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) e pelo secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco, revoga três artigos de um decreto de agosto do ano passado que instituiu o passaporte de vacina.

Vacina contra Covid-19 é preparada em unidade básica de saúde da zona sul de São Paulo - Rivaldo Gomes - 25.nov.21/Folhapress

Em 1º de setembro do ano passado, eventos com mais de 500 pessoas passaram a ser obrigados a pedir comprovante de vacinação contra a Covid com pelo menos uma dose do imunizante.

No inicio de janeiro, com o avanço da variante ômicron do novo coronavírus, entretanto, a prefeitura ampliou a obrigatoriedade para todos os eventos e com a comprovação de duas doses —o anúncio foi feito durante o cancelamento do Carnaval de rua, que acabou sendo organizado sem autorização por blocos no mês passado.

A cidade do Rio de Janeiro já havia acabado com a exigência de passaporte de vacina no último 26 de abril.

Dados da Secretaria Municipal da Saúde mostram que cerca de 31,3 milhões de vacinas contra a Covid-19 foram aplicadas na cidade de São Paulo.

Segundo a pasta, 106,8% dos adultos estimados tomaram as duas doses do imunizante. E 76% receberam a vacina adicional —no caso das pessoas a partir de 60 anos, 53,3% delas estão imunizadas com a quarta dose.

Segundo boletim divulgado pela secretaria no domingo (15), a rede municipal tinha 77 pessoas internadas com Covid-19, sendo que 37 estavam em unidades de terapia intensiva.

Uma pesquisa encomendada em abril pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) revelou que 71% dos brasileiros são a favor de as empresas exigirem de seus funcionários o passaporte da vacina. Apenas 22% dos entrevistados se disseram contrários à medida.

Máscara

O decreto publicado sábado também acaba com a obrigatoriedade do uso de máscaras em táxis e carros de aplicativos.

O item de proteção continua obrigatório no transporte coletivo e em serviços de saúde, como postos e hospitais.

Para Ana Escobar, professora da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), é fato que as vacinas têm uma enorme proteção contra casos graves, mas não impede que uma pessoa transmita o vírus. "Assim, não faz sentido pedir comprovante de vacinação, mas se a prefeitura quiser diminuir a taxa de transmissão do vírus, é com o uso de máscara", diz.

Na última quinta-feira (12), a Prefeitura de Serra Negra (SP) publicou um decreto obrigando a volta do uso de máscaras em escolas por causa do aumento no número de casos de Covid-19.

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