EUA detectam primeiro caso de poliomielite em 30 anos

Testes sugerem que o vírus altamente contagioso encontrado no Condado de Rockland deve ter vindo de fora do país

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Brendan O'Brien
Reuters

Um caso de poliomielite foi identificado em um subúrbio da cidade de Nova York e confirmado por autoridades de saúde, informou o Departamento de Saúde do Estado de Nova York nesta quinta-feira (21), o primeiro caso da doença detectado nos Estados Unidos em pelo menos 30 anos.

Os testes sugerem que o caso do vírus altamente contagioso encontrado no Condado de Rockland pode ter se originado fora do país, afirmou o departamento em nota.

Enfermeira administra as gotas da vacina contra a poliomielite em criança de favela de Karachi, no Paquistão
Enfermeira administra as gotas da vacina contra a poliomielite em criança de favela de Karachi, no Paquistão - Asif Hassan/AFP

"Estamos monitorando a situação de perto e trabalhando com o Departamento de Saúde de Nova York e com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) para responder a essa questão emergencial de saúde pública, para proteger a saúde e o bem-estar dos moradores do condado", afirmou a comissária de Saúde do Condado de Rockland, Patricia Schnabel Ruppert, em nota.

O CDC, que confirmou o caso, disse que nenhum caso de pólio se originou nos Estados Unidos desde 1979. No entanto, o vírus já foi trazido para dentro do país por viajantes com a doença. A última vez que isso aconteceu foi em 1993, afirmou o CDC.

Os sintomas da poliomielite são parecidos com os da gripe e incluem dor de garganta, febre, cansaço e náuseas, disse o CDC.

A poliomielite invade o sistema nervoso e pode causar paralisia irreversível em questão de horas. A doença não tem cura, mas a infecção pode ser prevenida por vacinação.

Uma redução substancial nos casos globais da doença nas últimas décadas aconteceu por conta de intensas campanhas nacionais e regionais de vacinação em bebês e crianças.

No final dos anos 1940, quando as vacinas contra a doença ainda não estavam disponíveis, surtos do vírus deixavam cerca de 35 mil norte-americanos com deficiências a cada ano, especialmente crianças que viviam em áreas com baixa cobertura de saneamento básico.

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