As autoridades da Argentina aguardam os resultados de novos exames para identificar as causas da pneumonia bilateral diagnosticada em nove pessoas na cidade de San Miguel de Tucumán, no noroeste do país. Nos últimos dias, três dos pacientes morreram.
O assunto ganhou repercussão na quinta-feira (1º), quando a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) divulgou uma nota sobre a situação.
De acordo com o comunicado, o aparecimento dos sintomas nos primeiros seis pacientes ocorreu entre os dias 18 e 22 de agosto. Eles relataram febre, dor muscular, dor abdominal e falta de ar, e foram diagnosticados com pneumonia bilateral.
Entre os dias 20 e 23 de agosto, mais três pessoas começaram a apresentar sintomas semelhantes e também tiveram o quadro de pneumonia bilateral confirmado.
Foram colhidas amostras dos pacientes e realizados testes para vírus respiratórios, bactérias e fungos, porém até o momento todos os resultados foram negativos, deixando em aberto a causa da doença.
Segundo a Opas, os pacientes são funcionários e usuários de um mesmo centro de saúde em San Miguel. Por conta disso, uma das hipóteses de especialistas consultados pela imprensa argentina é a infecção por Legionella pneumophila, bactéria que tem sido encontrada em sistemas de ar condicionado e que em 2013 vitimou enfermeiras na cidade de Carmen de Areco.
Essa bactéria, indica a OMS (Organização Mundial da Saúde), foi identificada pela primeira vez em 1977, após provocar casos de pneumonia grave em um centro de convenções nos Estados Unidos em 1976, e uma das formas de evitá-la é fazer a limpeza regular dos sistemas de climatização dos prédios.
No Brasil, a portaria nº 3.523/98 do Ministério da Saúde, que trata da qualidade do ar em interiores, estipula entre outras medidas que todos os sistemas de climatização no país "devem estar em condições adequadas de limpeza, manutenção, operação e controle".
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