Vinte e nove pessoas morreram de ebola em Uganda desde que as autoridades anunciaram há duas semanas uma epidemia da doença na região central do país.
"Sessenta e três casos confirmados e prováveis foram registrados, incluindo 29 mortes. Dez profissionais da saúde foram infectados e quatro morreram", afirmou nesta quarta (5) o diretor da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus.
"As vacinas usadas com sucesso para frear as recentes epidemias de ebola na República Democrática do Congo não são eficazes contra o tipo de vírus do ebola responsável por esta epidemia", acrescentou ele.
A OMS diz ter destinado US$ 2 milhões de seu Fundo de Reserva de Emergência e que está trabalhando com parceiros para ajudar as autoridades do país a fortalecer a resposta ao surto, enviando especialistas e suprimentos médicos.
O primeiro óbito do atual surto foi confirmado no dia 20 do mês passado. Um rapaz de 24 anos apresentava febre alta, diarreia e dores abdominais, além de vomitar sangue. Depois de inicialmente ser tratado para a malária, ele foi diagnosticado com a cepa do Sudão.
Suspeita-se que o surto possa ter começado no início de setembro em uma pequena vila no distrito de Mubende, cerca de 150 quilômetros a oeste de Campala, capital do país.
Uganda, que faz fronteira com a República Democrática do Congo, já passou por vários surtos de ebola, sendo o mais recente o de 2019, quando pelo menos cinco pessoas morreram.
O atual surto se deve a uma cepa do Sudão, que não era vista em Uganda desde 2012, segundo a OMS na África.
Embora menos transmissível do que a cepa do Zaire, a do Sudão representa uma ameaça maior, pois inexiste vacina contra ela.
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