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Com surto de diarreia, número de casos sobe 130% em São Paulo

Problema atinge sobretudo Presidente Prudente, Marília e Araçatuba, no interior do estado

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São Paulo

O Governo de São Paulo disse, nesta quinta-feira (23), que o estado observou um aumento de 130% nos casos de doenças diarreicas neste início de ano. Enquanto de janeiro até 4 de fevereiro foram registrados 74 mil casos, no mesmo período deste ano o saldo chega a 172,7 mil.

De acordo com o governo, os municípios com maior número de casos a cada 100 mil habitantes são os de Presidente Prudente, Marília e Araçatuba, todos no interior paulista. Cada um deles teve, respectivamente, 5.200, 2.900 e 1.100 casos por 100 mil habitantes.

É em meio ao período de chuvas que cresce o risco de doenças, devido a possibilidade de haver contato com água contaminada e ingestão direta da água imprópria para consumo humano. A transmissão de doenças pode ocorrer sobretudo nos momentos de preparo de alimentos e de higiene pessoal.

Chuvas e calor podem influenciar casos de diarreia
Chuvas e calor podem influenciar casos de diarreia. NA foto, ruas do Itaim Paulista, bairro que sofre enchente há anos - Karime Xavier - 11.dez.23/Folhapress

Entre os sintomas, que podem durar de um dia até uma semana, estão diarreia líquida, náusea, vômito, cólica abdominal e febre. Caso esses sinais surjam, a pessoa deve procurar uma unidade médica, alerta o governo.

O estado de São Paulo não foi o único a sofrer um surto de diarreia neste início do ano.

Em janeiro, Santa Catarina registrou 4.500 casos de "doenças diarreicas agudas em Florianópolis", causado por um passageiro indesejado e velho conhecido dos organizadores de viagens de cruzeiros, o norovirús.

O norovírus foi detectado em 63% das amostras de fezes coletadas pela Secretaria Municipal de Saúde desde dezembro de 2022. Comum em situações que reúnem pessoas em situações de convivência muito próxima –como casas de veraneio compartilhadas, excursões, cruzeiros, aquartelamentos e afins– o vírus é transmitido da forma "fecal-oral". Ou seja, sai de um organismo pelas fezes e ingressa em outro pela boca.

COMO EVITAR DIARREIA

  • Evitar contato com as águas das enchentes. Caso isto seja inevitável indicado permanecer o menor tempo possível de contato com água e lama. Se a residência for atingida por chuva, é preciso evitar pisar diretamente na água ou na lama ou mexer em objetos que tenham sido atingidos por ela. Para isso, a recomendação é usar botas nos pés e luvas nas mãos de borracha ou sacos plásticos duplos.
  • Após o recuo da água, é importante que a casa seja limpa e desinfectada, assim como móveis, utensílios e roupas.
  • Medicamentos e alimentos que tiveram contato com a água de chuvas de enchentes devem ser jogados fora, mesmo que embalados em plásticos ou fechados. O mesmo deve ser feito com alimentos perecíveis que ficaram sem refrigeração por falta de energia. Para o descarte de alimentos, é indicado que se utilize sacos plásticos firmes e feche com lacre ou nó para não atrair ratos, baratas, moscas e outros insetos.
  • É recomendável consumir sempre água do sistema de abastecimento público. No caso de desabastecimento do sistema público de água, o cuidado com a água deve ser redobrado. Outra opção é filtrar e ferver a água por três minutos.
  • As unidades de saúde, em todos os municípios, distribuem gratuitamente frascos de hipoclorito de sódio 2,5%, próprio para diluir na água de beber e cozinhar, que também podem ser adquiridos em supermercados e farmácias. Em situações de enchentes mais intensas, geralmente os órgãos de Defesa Civil e Vigilância Sanitária distribuem gratuitamente o produto à população atingida.
  • Lave bem as mãos antes das refeições e antes do preparo de alimentos.

SINTOMAS DO NOROVÍRUS

  • Diarreia
  • Vômito
  • Náuseas
  • Febre baixa
  • Prostração
  • Dor abdominal
  • Dores no corpo

DICAS DE PREVENÇÃO

  • Lavar as mãos frequentemente, com água e sabão
  • Beber bastante água filtrada e de fonte segura
  • Não consumir gelo de procedência desconhecida
  • Na praia e em bares, evitar raspadinhas e sacolés, devido à manipulação constante do gelo
  • Não consumir alimentos de procedência desconhecida, fora da validade e com as embalagens deterioradas
  • Evitar alimentos crus ou mal cozido, especialmente na praia
  • Evitar frutas e verduras descascadas ou com a casca danificada
  • Não visitar praias impróprias, nem mesmo para ficar na areia
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