Vacinação contra Covid passa a ser anual para crianças e grupos prioritários

Imunização será incluída no calendário de vacinação destas populações; medida começa a valer em 2024

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São Paulo

A partir de 2024, a vacina contra a Covid-19 passará a integrar o Calendário Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde. A recomendação vai priorizar crianças e grupos prioritários. Com isso, o imunizante passa a ser aplicado anualmente.

Além de pessoas maiores de seis meses e menores de cinco anos, fazem parte do grupo idosos, imunocomprometidos, gestantes, puérperas, trabalhadores da saúde, pessoas com comorbidades, indígenas, ribeirinhos, quilombolas, pessoas vivendo em instituições de longa permanência e seus trabalhadores, pessoas com deficiência permanente, privados de liberdade maiores de 18 anos, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas, funcionários do sistema penitenciário e pessoas em situação de rua.

Maythe, 2, recebe a vacina Pfizer baby contra a Covid-19 na UBS Cambuci, região central de são Paulo
Vacinação contra Covid passa a ser anual; crianças fazem parte do grupo prioritário - 02.fev.2023 - Danilo Verpa/Folhapress

A medida, feita em consonância com a OMS (Organização Mundial da Saúde), foi anunciada pela secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, na manhã desta terça-feira (31).

A inclusão já passou por avaliação da CTAI (Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19), assim como ocorre com outras campanhas.

O restante da população será imunizado de acordo com a disponibilidade de doses. "Agora, o principal foco da doença no mundo inteiro é diminuição de gravidade, de hospitalização e de óbitos", afirma a secretária.

Para enfrentar a resistência dos pais em vacinar os filhos, o ministério vai intensificar a educação na área por meio do Programa Saúde na Escola, que incluirá discussão entre crianças e familiares nas instituições de ensino.

"Vamos trabalhar com o Ministério da Educação a inclusão de temas de vacinação nas escolas. Quando a vacina passa a ser incorporada ao calendário, como há a obrigatoriedade de vacinação, teremos durante a matrícula a necessidade de olhar se a vacina está lá para protegermos as crianças", diz Maciel.

O Ministério da Saúde monitora o cenário epidemiológico da Covid-19, por meio de um grupo técnico criado recentemente para essa finalidade. "Se fizermos uma comparação entre 2023 e 2022, teremos 42 pessoas morrendo todos os dias de Covid-19 no Brasil. É como se um ônibus caísse todos os dias no nosso país. A Covid-19 é uma doença de monitoramento e de muita atenção pelo Ministério da Saúde", afirma a secretária.

De acordo com o painel coronavírus, até o dia 27 de outubro o país havia registrado 37,9 milhões de casos de Covid-19, com 706,5 mil mortos.

O Ministério da Saúde retomou o Epicovid 2.0, um estudo nacional epidemiológico sobre a doença coordenado pela Universidade Federal de Pelotas. Serão entrevistadas 33 mil pessoas. O foco será a Covid longa.

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