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Câncer de colo de útero é mais frequente no Norte; Sul e Sudeste concentram casos gástricos

Edição da newsletter Cuide-se fala sobre o mapa de câncer no Brasil

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São Paulo

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Mapa do câncer no Brasil

É a doença com mais novos diagnósticos no mundo e, no Brasil, a segunda principal causa de morte - atrás somente de doenças cardiovasculares. Infelizmente, você já deve ter tido uma pessoa próxima na família, entre seus colegas de trabalho, amigos ou vizinhos diagnosticados com ela.

Novo medicamento contra câncer de colo de útero é maior avanço em 20 anos, dizem cientistas - Getty Images

O assunto de hoje é o câncer, que, segundo estimativas globais da OMS (Organização Mundial da Saúde), vai atingir uma em cada cinco pessoas no mundo.

Falando em números no Brasil, são esperados 704 mil novos diagnósticos, de acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer) no triênio 2023-2025. É uma proporção 12,6% maior do que no período anterior.

Mas ao analisar os dados sob uma lupa de aumento, conseguimos ver que há uma realidade distinta da doença no país conforme o gênero, a região geográfica e principalmente a classe social e cor da pele.

Mulheres e homens


A incidência de novos diagnósticos de câncer é relativamente maior em homens (185 casos a cada cem mil habitantes) do que mulheres (154). Neles, o câncer de próstata é o mais frequente, com 72 mil casos esperados para cada ano, seguido de cólon e reto (22 mil), pulmão (18 mil) e estômago (13 mil).

Já as mulheres possuem taxas elevadas de câncer de mama (74 mil), cólon e reto (24 mil), colo do útero (17 mil) e tireoide (14 mil).

Diferentes realidades no país

No Norte do Brasil, o câncer de colo de útero é o segundo mais frequente, com cerca de 18,4% de prevalência, e responsável por um grande número de mortes. Os estados da região são os que historicamente possuem as mais baixas taxas de cobertura vacinal contra o HPV (vírus do papiloma humano), responsável por mais de 90% dos casos de câncer de colo de útero.

Já nas regiões Sul e Sudeste, os cânceres de traqueia, brônquio e pulmão, cólon e reto e esôfago são mais prevalentes. Hábitos de vida, como tabagismo e elevado consumo de álcool nestes estados, explicam a incidência.

Outro tipo de câncer comum na região Sudeste é o de tireoide, o que pode ser explicado pela alta taxa de exames diagnósticos, explica Arn Migowski, chefe da Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede do Inca.

Há também uma incidência elevada de câncer nestes locais relacionados ao sobrepeso e obesidade, condições de saúde que têm crescido devido ao consumo de ultraprocessados, como já discutimos nesta edição da newsletter.

Prevenção

Segundo os médicos e especialistas em oncologia, a melhor prevenção do câncer é manter hábitos de vida saudável, como evitar o consumo de alimentos ultraprocessados, álcool e tabaco; praticar atividade física; manter uma alimentação saudável; evitar a exposição a substâncias carcinogênicas e manter em dia a vacinação contra HPV e hepatite.

CIÊNCIA PARA VIVER MELHOR

Novidades e estudos sobre saúde e ciência

  • Droga contra câncer pode ser arma para tuberculose. Um estudo encontrou eficácia de uma terapia utilizada para o combate ao câncer na defesa do organismo contra bactérias causadoras de tuberculose resistentes a antibióticos. A droga, já em uso contra células tumorais, teve sucesso em atacar células infectadas de pacientes com tuberculose, segundo dados de um estudo inicial publicados na revista Biomedicine e Pharmacotherapy.

  • Jejum intermitente melhora humor, sono e apetite. Uma pesquisa associou o jejum intermitente com uma melhora do humor, do apetite e também do sono. Segundo o estudo, conduzido pela universidade King's College, de Londres, que avaliou usuários por meio de um aplicativo, aqueles que faziam a dieta tiveram indicadores de sono, humor e apetite mais positivos em relação aos que se alimentavam o dia todo sem interrupção.

  • Pesquisa identifica zonas de percepção de calor no cérebro. Uma pesquisa conduzida por cientistas da Escola de Artes e Ciências de Weinberg da Universidade Northwestern (EUA) e publicada na Nature Communications identificou as áreas do cérebro associadas às mudanças bruscas de temperatura em diferentes animais. O estudo pode trazer novas perspectivas para a avaliação da saúde em um contexto de elevação das temperaturas no mundo.

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