Sediados em uma cidade pacata, longe das grandes metrópoles da Coreia do Sul, os Jogos de Inverno de PyeongChang não caíram no gosto do público, local e estrangeiro. Até o início desta semana, somente cerca de 75% da carga total de ingressos disponibilizada desde fevereiro de 2017 havia sido vendida.
Embora o comitê organizador sustente que a procura aumentará com o início das competições, a expectativa é de que muitas das arenas ficarão ociosas.
O pouco usual expediente de distribuir ingressos será utilizado para encher tribunas. Voluntários devem receber entradas para algumas competições de esqui e para o curling.
Segundo o presidente do comitê, Lee Hee-beom, entre 7 mil e 10 mil ingressos têm sido vendidos por dia. Porém, ele chegou a reconhecer que há dificuldade para estimular o público a comprar. A principal razão é o frio.
A temperatura em PyeongChang tem variado entre -10°C e -20°C, o que deve tornar essa edição olímpica a mais gelada da história. O mau tempo afeta a venda de entradas para eventos ao ar livre. Os bilhetes menos procurados são alguns para as cerimônias e esportes na neve.
O Estádio Olímpico, que receberá a abertura e o encerramento, tem 35 mil lugares e é aberto, o que vai conferir um desafio aos presentes. Para amenizar, será introduzido sistema de aquecimento na arquibancada. Um kit com cobertor, touca, quebra-vento e cobertura de assento será distribuído na festa.
Outro ponto complicado é logístico. Os Jogos são espalhados em núcleos, como o resort de Alpensia, palco das provas de neve, e Gangneung, onde se concentrarão as provas de gelo. Um fica mais de uma hora longe do outro e é difícil arrumar acomodação.
A procura aquém do esperado por ingressos não deixa de ser um reflexo do declínio de apelo das Olimpíadas de Inverno.
O COI (Comitê Olímpico Internacional) teve de escolher Pequim como sede da edição de 2022 sobre Almaty, no Cazaquistão, após desistências de concorrentes como Oslo (Noruega), Lviv (Ucrânia), Estocolmo (Suécia) e Cracóvia (Polônia).
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