Pai de ginastas abusadas tenta agredir médico em tribunal

Larry Nassar, que trabalhava para a federação dos EUA, enfrenta novo julgamento

Randall Margraves, pai de três meninas abusadas pelo médico Larry Nassar, tenta agredi-lo durante uma audiência em um tribunal de Michigan, nos EUA
Randall Margraves, pai de três meninas abusadas pelo médico Larry Nassar, tenta agredi-lo durante uma audiência em um tribunal de Michigan, nos EUA - Cory Morse/The Grand Rapids Press/AP
São Paulo

O pai de três meninas que foram sexualmente abusadas por Larry Nassar, ex-médico da Federação de Ginástica dos Estados Unidos, tentou agredir o réu durante uma audiência de sentença num tribunal de Michigan, nesta sexta-feira (02).

Randall Margraves tentou alcançar Nassar após prestar depoimento à corte. Ele pediu à juíza Janice Cunningham se poderia ter cinco minutos em uma sala fechada com o réu. Ela declinou, dizendo que o sistema penal americano não funcionava daquela maneira.

O pai, então, correu pelo tribunal em direção ao médico. Ele foi contido por policiais e acabou preso por se comportar de forma inadequada na corte. 

A tentativa de agressão irritou a procuradora-geral assistente de Michigan, Angela Povilaitis. "Você não pode se comportar dessa forma. Ninguém pode se comportar assim", afirmou. Margraves se virou para Povilaitis e respondeu: "Você não passou por isso, senhora".

 

Segundo a rede CNN, Margraves é pai de Lauren e Madison, duas jovens que haviam testemunhado contra Nassar minutos antes do incidente. Morgan, sua terceira filha, teve o depoimento lido no julgamento que o médico enfrentou em janeiro.

Após um intervalo, Nassar foi trazido de volta ao tribunal para que a audiência tivesse continuação. "Eu sei que é difícil, mas peço a todos para tentarem não reagir fisicamente de jeito nenhum", disse a juíza.

Nassar enfrenta a última audiência de sentença por violações contra atletas. Ele se declarou culpado, em novembro, de três acusações de conduta sexual criminosa, duas delas envolvendo garotas de 13 a 15 anos e outra referente a uma menina com menos de 13 anos.

Em janeiro, ele foi condenado a uma pena de 40 a 175 anos de prisão por abusos sexuais contra atletas. O médico também já havia recebido uma pena de 60 anos de prisão por posse de material de pornografia infantil.

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