Filho de Sócrates tenta transformar Botafogo-SP em sociedade anônima

Gustavo Oliveira lidera conversas para que equipe do interior vire uma empresa

Gustavo Vieira de Oliveira, ex-gerente executivo do Santos, negocia com a diretoria do Botafogo desde setembro de 2017
Gustavo Vieira de Oliveira, ex-gerente executivo do Santos, negocia com a diretoria do Botafogo desde setembro de 2017 - Fabio Braga/Folhapress
 
Luiz Cosenzo
São Paulo

O homem responsável por planejar o futebol do Santos em 2018 é agora também o articulador de um projeto que promete colocar o Botafogo-SP, rival do clube da Vila Belmiro neste domingo (18), pelas quartas de final do Campeonato Paulista, em um novo patamar.

Gustavo Vieira de Oliveira, demitido do cargo de gerente executivo do Santos há um mês, está à frente de um plano de transformação do futebol do time de Ribeirão Preto em Sociedade Anônima (S.A). Ele exerceu o cargo na Vila Belmiro por apenas 45 dias.

Gustavo é filho do ex-jogador Sócrates, que também passou pelo Santos, em 1988, quando estava em final de carreira. Ele foi ídolo do Corinthians e do próprio Botafogo. Sócrates morreu em dezembro de 2011.
Desde setembro de 2017, Gustavo e o seu tio Raimar negociam com o Botafogo a chegada de um investidor. O acordo deverá ser fechado nesta segunda-feira (19), quando será realizada uma assembleia geral de sócios.

O executivo do Grupo Aché, Adalberto Baptista, ex-diretor de futebol do São Paulo, será o responsável pela composição do grupo de investimento. Baptista deixou o clube do Morumbi em 2013 e foi substituído justamente por Gustavo Oliveira, que ficou no cargo até maio de 2015. Ele ainda retornou no mesmo ano e permaneceu por mais 11 meses. 

“Está tudo bem alinhado e vejo como a solução do Botafogo. A única receita que temos no ano é a cota do Campeonato Paulista, além de patrocínios. Na Série C do Brasileiro, a CBF não destina nada de cota aos clubes. Com essa parceria, o nosso objetivo é conquistar o acesso à Série B em 2018, quando completamos cem anos”, disse Gerson Engracia Garcia, presidente do Botafogo.

A Folha tentou entrar em contato com Gustavo Oliveira, mas não conseguiu.

No projeto, o clube teria 60% do controle da empresa que será criada, enquanto os investidores teriam 40%.

A nova companhia, que seria responsável por gerir o futebol profissional e as categorias de base, ficaria com o dinheiro proveniente do departamento, como cota de televisão, sócio-torcedor e bilheteria das partidas do time.

Já a equipe de Ribeirão Preto receberia dinheiro com o aluguel do estádio Santa Cruz para jogos, além das receitas de placas de publicidade.

“Nosso primeiro objetivo é consolidar o Botafogo entre os 30 melhores times do Brasil em um prazo de sete anos. Neste período, queremos estar na Série A do Brasileiro”, disse Adalberto Baptista, que evita comentar sobre a negociação antes da votação pela assembleia geral de sócios do clube.

Atualmente, apenas o Figueirense é uma S. A. entre as equipes da Série A e B do Brasileiro.

“Temos condições de nos tornarmos o maior clube do interior do Brasil. Podemos ocupar o espaço que hoje pertence à Chapecoense”, disse Rogério Barizza, ex-presidente do clube nos anos de 2014/2015, que iniciou as negociações com Gustavo.

Rodrygo estreia em mata-mata

Revelação do Santos em 2018, o atacante Rodrygo, 17, vai fazer sua primeira partida mata-mata da carreira profissional neste domingo (18), contra o Botafogo-SP, pelas quartas de final do Paulista.

Rodrygo tem três gols em dez partidas ao longo da atual temporada e é tratado como a principal joia da base santista. No ano passado, ele prolongou seu contrato com o time da Vila Belmiro até 2022.

Na última quinta, o atleta marcou um gol no Pacaembu contra o Nacional-URU, ao partir com a bola do meio de campo, deixar dois rivais para trás e estufar as redes.

NA TV
Botafogo-SP x Santos
19h30 - SporTV  

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