Descrição de chapéu Copa do Mundo

Para técnico da Alemanha, 7 a 1 foi um bom jogo, mas só um passo rumo à final

Löw quer quebrar recorde de invencibilidade da seleção alemã em amistoso contra o Brasil

Técnico Joachim Low, da Alemanha, concede entrevista coletiva na véspera do jogo amistoso contra o Brasil
Técnico Joachim Low, da Alemanha, concede entrevista coletiva na véspera do jogo amistoso contra o Brasil - Christian Charisius/DPA/AFP
Igor Gielow Guilherme Magalhães
Berlim

Para o técnico da Alemanha, Joachim Löw, o fatídico 7 a 1 da Copa de 2014 contra o Brasil “foi um bom jogo, mas só um passo rumo à final”. Ele comanda novamente o seu time no primeiro embate contra a seleção brasileira desde a semifinal no Mineirão nesta terça (27), em Berlim.

“No dia seguinte, a gente já tinha tirado isso da cabeça, estávamos 100% concentrados. Claro, para o Brasil é outra coisa, talvez haja um sentimento de revanche, mas também não dá para voltar no tempo”, afirmou Joachim Löw, técnico há quase 12 anos no cargo. Com vitória ou empate, completará uma série de 23 jogos invictos do selecionado, quebrando um recorde mantido de 1978 a 1980.

O zagueiro Jerôme Boateng, que estava em campo no Mineirão em 2014, vê a questão da mesma forma. “Foi um trauma para o Brasil, mas não é grande coisa” para o grupo hoje, disse ele, em entrevista coletiva com o técnico e com o zagueiro Matthias Ginter, que era reserva na semifinal em Belo Horizonte. “Temos de estar prontos porque o Brasil estará muito motivado”, disse Boateng, que minimizou a ausência dos astros alemães Özil e Müller, dispensados do time para descansar.

“Claro, nós víamos as pessoas chorando, os jogadores assim. Nos perguntamos se aquilo seria normal, mas mantivemos a concentração. Não estávamos pensando que seria assim. Quando acabou o jogo e vimos as pessoas, não foi pena que sentimos, mas foi muito emocional. Estávamos, claro, muito contentes de ir à final. Mas se fosse na Alemanha, seria a mesma coisa”, completou Boateng.

Löw, louvado pela renovação que imprimiu ao grupo vitorioso em 2014, disse que a ideia de que o Brasil tenha mais destaques individuais e a Alemanha prevaleça coletivamente é errada. “Não é mais assim. Se tudo fosse ficar como sempre no futebol, o Brasil sempre ganharia. O Brasil sempre será melhor individualmente, mas isso não basta. O time tem jogadores fenomenais com a bola nos pés, mas nós também temos. Por outro lado, nos últimos dois, três anos, jogadores como Neymar e Philippe Coutinho estão dentro de uma filosofia”, afirmou.

Ele fez vários elogios a Tite, seu rival. “Ele treina em alto nível. Desde que ele assumiu, o time tem outra mentalidade. Tite sempre diz que o que aconteceu contra nós não pode acontecer de novo, tem de haver disciplina na defesa. É uma pena que Neymar não vá jogar, porque ele está mais estável, volta para defender, e isso é trabalho do treinador”, disse. Já Ginter brincou sobre os 222 milhões de euros que o PSG pagou para tirar Neymar do Barcelona, no ano passado. “É um jogador excepcional. Mas ninguém no mundo tem esse valor. Eu sai por 17 milhões e também não acho que valha”, disse.

Para o treinador alemão, o Brasil de 2018 é “muito mais forte” que o da Copa de 2014. “Mesmo no meio de campo, Casemiro, Fernandinho, Renato Augusto são jogadores fortes, bons tecnicamente. O setor está mais forte do que em 2014”, disse.

Fernandinho, volante do Manchester City, entrará no time para melhorar a proteção na intermediária, mas também com a função de melhorar o passe entre defesa e ataque. Com isso, Philippe Coutinho, que atuou centralizado contra a Rússia na sexta (23), irá ser deslocado para o lugar de Douglas Costa na ponta esquerda. Naturalmente, isso pode mudar até o jogo.

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